Política

Arapiraca ficou de fora das manifestações deste domingo

14/03/2016
Arapiraca ficou de fora das manifestações deste domingo
Arapiraca ignorou o momento político difícil que o Brasil atravessa (Foto:Época)

Arapiraca ignorou o momento político difícil que o Brasil atravessa (Foto:Época)

ConsideradaConsiderada a segunda cidade em importância de Alagoas, ficando atrás apenas da Capital, Maceió, Arapiraca – também conhecida como tradicional celeiro político -, ficou à parte da imensa manifestação deste domingo, 13, que mobilizou todos os estados, além do Distrito Federal.

Pela manhã, um grupo de menos de dez jovens se dirigiu até a Praça Marques da Silva, à espera de uma eventual presença de manifestantes, o que não aconteceu.

Nem mesmo os tradicionais ‘cabeças’ de mobilizações passadas compareceram. Quem pode, foi até Maceió, aonde a mobilização foi gigantesca, reunindo mais de 30 mil manifestantes, que percorreram 3 km da orla.

Mas é injustificável que uma cidade como Arapiraca não tenha se pronunciado, em meio a uma crise sem precedentes que se registra e assola o País. Nem que fosse para honrar o nome de José Marques da Silva, que se dedicou ao povo desta terra até ser assassinado.

Marques da Silva cursou Medicina, na Bahia, mas veio para Arapiraca, onde clinicava sem cobrar das pessoas pobres, amigas,  moradores e agricultores. Sempre que solicitado, atendia pacientes em suas residências. Na maioria das vezes, doava os medicamentos.

Foi assassinado cinco dias antes de completar 33 anos, em frente À residência onde morava, na praça que hoje leva seu nome. Foi eleito deputado estadual em1954, saindo vitorioso com 3.760 votos. Foi o deputado mais votado, tanto que  seu coeficiente deu para eleger mais dois deputados.

 

Sabendo-se perseguido, escreveu: “Se o ponto final dessa verdadeira tragédia for como tudo indica, minha eliminação pessoal, desejo apenas que minha família sofra com resignação e cuide de meus três filhinhos, a fim de que mais tarde, eles possam fazer, por Alagoas e pelo o Brasil, o que não me foi possível realizar”.