Cidades
Parte do teto da Escola Graciliano, em Palmeira, desaba e deixa alunos em pânico
Alunos da Escola Estadual Graciliano Ramos, em Palmeira dos Índios, denunciaram o descaso das autoridades com a unidade de ensino. Ontem (2), parte da estrutura do prédio, que passa por uma reforma, desabou. E o mais grave: mesmo com a reforma, as aulas continuam acontecendo no local normalmente, segundo os estudantes. Na hora em que o acidente aconteceu, muitos alunos estavam no local, além de funcionários e trabalhadores da obra. Por sorte, ninguém se feriu. Eles reclamam da falta de segurança na escola, além das condições estruturais precárias a que são submetidos.
Os alunos cobram o mínimo de respeito ao direito que eles têm de estudar e conviver em um lugar chamado “segunda casa”, em segurança. Eles pedem a interdição da obra e que as aulas sejam transferidas para outro local, até que a reforma seja concluída.
Pelas redes sociais, a aluna Bruna Barros fez um desabafo e divulgou imagens do caos em que se transformou a escola:
“Vamos falar da “melhor escola estadual de Palmeira”, a Escola Estadual Graciliano Ramos. Isso que aconteceu ontem (2) foi um absurdo, e ainda querem esconder. Acho graça. Só porque a escola é estadual tem que deixar pra lá, deixar no sigilo como nada tivesse acontecido? E ainda não querem que divulgue o que aconteceu, e nem gravar ou tirar foto? Vocês ai devem estar se perguntando se tudo isso é verdade. Óbvio que é verdade. No colégio não tem nem água pra beber ou carteiras. Eu já até dividi cadeira, sim, com uma colega de classe. Também não tem ventilador, morremos de calor, tem muito lixo, ratos e baratas nas salas. Parece mentira, né? Mas é verdade mesmo. E nos banheiros não tem água nem pra lavar as mãos, e para transitar para chegar ao banheiro, na biblioteca ou na cantina, o chão é todo cheio de buracos com ferros, capaz de uma pessoa cair e levar um grande acidente. E quando chega um repórter, ainda dizem que não está havendo aula. Tudo mentira! Isso é só para não ficar feio para a direção da escola. Porque éramos para mudar de colégio enquanto se faz a reforma, porque não tem nem condições de estar em um colégio em construção. Fico pensando se eu estivesse passando e tivesse caindo e o teto tivesse caído em cima de mim, se iam ficar no sigilo também ou iam fazer outra Bruna e me devolver para a minha mãe? São tantas coisas absurdas sobre essa construção, que só ido lá para ver se tem condições de os alunos estudarem. Não volto enquanto a situação não for resolvida. Fora isso, não tenho nada a falar. A escola tem um bom ensino, somos tratados todos bem, da faxineira aos diretores. Mas eu não sou obrigada a ficar calada porque isso é risco de vida. Pedimos que as imagens e fotos sobre tudo isso sejam divulgadas”, desabafou a estudante, que também gravou um vídeo com imagens da escola.
A reportagem da Tribuna do Sertão tentou contato com a diretoria da escola Graciliano Ramos, mas não conseguiu falar com ninguém da instituição.
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