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Jovens mortos pela PM do Rio são vítimas de discriminação contra pobres

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) repudiou nesta terça-feira (1º) em Plenário a ação policial que assassinou cinco jovens na comunidade de Lagartixa, em Costa Barros, no Rio de Janeiro, no último sábado. Eles voltavam por volta das 22h do Parque de Madureira, área de lazer onde comemoraram o primeiro emprego de um deles, quando o carro em que estavam foi atacado pelos PMs, que deram mais de 50 tiros.
Crivella leu um artigo publicado nesta terça-feira, do jornal O Globo, sobre a violência policial contra jovens negros e pobres.
— As palavras marcam bem a vergonha pela qual passa a cidade do Rio de Janeiro, pelo assassinato de cinco jovens covardemente atingidos por uma polícia violenta, que discrimina negros, pobres, favelados — afirmou Crivella.
Abordagens policiais
O senador mencionou um projeto de lei (PLS 190/2014) seu, que aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A proposta torna crime efetuar disparos com arma de fogo contra carros que não parem nas abordagens policiais.
“É vedado o emprego de arma de fogo contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que, mesmo que armada, não represente risco imediato de morte ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou a terceiros”, diz o texto de Crivella, que tem base no Código de Conduta para Policiais, por sua vez proveniente de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o uso de força e de armas de fogo no combate ao crime.
Crivella também sublinhou que as ações dos policiais militares envolvidos neste caso não representam a maioria dos membros da instituição.
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