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Naufrágios deixam 22 mortos no Mar Egeu

Pelo menos 22 migrantes, incluindo 13 crianças, morreram afogados na madrugada desta sexta-feira perto das ilhas gregas de Kalymnos e Rodes, uma tragédia que representa uma vergonha para a Europa, segundo o primeiro-ministro Alexis Tsipras.
O naufrágio perto de Kalymnos, no mar Egeu, aconteceu quando um barco que transportava quase 150 pessoas, segundo testemunhas, virou no meio da noite. Na manhã desta sexta-feira, as equipes de emergência grega haviam recuperado 19 corpos, incluindo mulheres, crianças e e bebês.
De acordo com as autoridades, 138 pessoas foram resgatadas.
Perto da ilha de Rodes, mais ao sul, o naufrágio de outro barco provocou as mortes de uma mulher, uma criança e um bebê. Outras três pessoas são procuradas e seis passageiros foram resgatados
A tragédia é a mais recente de uma série de naufrágios na quarta-feira e quinta-feira, que deixaram 17 mortos, incluindo 11 crianças.
Outros migrantes se arriscaram nesta sexta-feira diante da ilha de Lesbos, segundo um correspondente da AFP, que observou um pedido de ajuda a partir de uma embarcação que afundava.
Apenas no mês de outubro, 68 pessoas, a maioria crianças, morreram durante tentativas de chegar à Europa, segundo uma contagem da AFP com base nos dados divulgados pela polícia portuária grega.
Após os novo acidentes, que ressaltam a “tragédia humana” que está acontecendo, “sinto vergonha como dirigente europeu pela incapacidad da Europa de defender seus valores”, afirmou o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras em um discurso no Parlamento do país.
Além da tragédia perto de Kalymnos, quatro crianças sírias (de 1 a 4 anos) foram achadas afogadas diante do litoral da Turquia depois do naufrágio de uma embarcação de imigrantes que saiu da região de Edremit (noroeste) com destino à ilha grega de Lesbos.
Críticas à Frontex
Tsipras pediu à União Europeia (UE) “uma condenação oficial da decisão (de alguns Estados membros) de construir muros e barreiras e fechar as fronteiras”, em referência ao governo da Hungria, e pediu a abertura de canais legais para que os refugiados possam entrar na Europa.
O chefe de Governo destacou a urgência de que a Turquia “respeite seus compromissos”, com a contenção do fluxo de migrantes a partir de se território.
“Nossa primeira obrigação é salvar vidas e não permitir que o Egeu se transforme em um cemitério (…) e para isto não pedimos nem um euro”, afirmou, em resposta à oposição conservadora, que critica a suposta política portas abertas do governo Tsipras.
Ao mesmo tempo, as críticas dos voluntários que trabalham nas ilhas gregas à Frontex — a agência europeia de controle das fronteiras externas da UE — explodiram nas redes sociais, com acusações de falta de ação das patrulhas para salvar vidas.
Na quinta-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) manifestou preocupação e destacou que o agravamento das condições meteorológicas piora a situação dos migrantes.
Desde o início do ano, 560.000 migrantes e refugiados chegaram à Grécia pelo mar, de mais de 700.000 pessoas que entraram na Europa depois de atravessar o Mediterrâneo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Mais de 3.200 pessoas morreram durante as viagens, segundo a OIM.
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