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Comissão vai mapear terras devolutas para reforma agrária em Alagoas


Reunião definiu comissão que irá ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília, para tratar de um convênio que viabilize recursos para a realização do mapeamento fundiário das áreas de Alagoas (Foto: Ailton Cruz)
O Comitê de Mediação de Conflitos Agrários discutiu na manhã desta quarta-feira (21) a criação de uma comissão de mapeamento fundiário e também sobre pauta relacionada aos movimentos sociais, ao Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e questões jurídicas do setor.
Durante a reunião, a superintendente do Incra, Lenilda Lima, falou sobre a necessidade de mapear as áreas devolutas para fim de reforma agrária. “Precisamos saber quais são as áreas devolutas [terras públicas a serem devolvidas ao Estado] existentes do Estado e da União, e é importante o trabalho do Iteral nesse sentido”, afirmou Lenilda.
A partir desse pedido, o diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, que conduzia a reunião, decidiu que uma comissão, formada pelo instituto, Incra, juiz agrário, um representante do governo e um integrante dos movimentos sociais, será criada para discutir com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, a criação de um convênio que viabilize recursos para a realização de mapeamento fundiário das áreas de Alagoas.
“Por meio do mapeamento fundiário é possível identificar todas as áreas devolutas do Estado e da União e assim baratear os custos da reforma agrária”, afirmou Jaime Silva.
No encontro, também foi discutida a reintegração de posse da Fazenda Salgadinho, ocupada por 84 famílias do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra (MST) há oito anos. O juiz de Direito Agrário, Claudomiro Souza sugeriu, por meio de ofício, a aquisição da terra por meio do Iteral para fim de assentamento das famílias que lá estão.
A reintegração de posse da fazenda Cajueiro do Caboclo, em Taquarana, ocupada há sete anos por famílias do MST, também foi tratada. A Vara Agrária solicitou pronunciamento do Estado em 90 dias quanto à existência de Protocolo de Intenções com relação a uma permuta com outro imóvel do arrendatário.
A compra da Fazenda Cana Brava, em Maragogi, também entrou em discussão. Jaime Silva disse que a negociação está avançando. “Hoje está mais fácil de negociar, depois que a área foi valorizada e conseguimos o aval do MDA, e o Iteral está intermediando isso em Brasília e aqui. O proprietário ficou de mandar seu procurador e estamos negociando”. A propriedade tem área para assentar as 90 famílias que estão acampadas pelo MST.
A reunião aconteceu no Salão de Despachos do Museu Palácio Floriano Peixoto, no Centro, e foi intermediada pelo diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva.
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