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Semarh mantém planejamento e ações em prática para minimizar efeitos da seca

19/10/2015
Semarh mantém planejamento e ações em prática para minimizar efeitos da seca
Canal do Sertão e a recuperação de nascentes são algumas das ações para convivência com a estiagem (Foto: Lula Castelo Branco)

Canal do Sertão e a recuperação de nascentes são algumas das ações para convivência com a estiagem (Foto: Lula Castelo Branco)

Os efeitos da estiagem têm causado uma série de danos às famílias que residem nas regiões Agreste e Sertão de Alagoas. Apesar das dificuldades em decorrência do fenômeno natural, o Governo do Estado não cruza os braços diante de uma situação complicada.

Para isso, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) tratou de planejar e ampliar ações para conviver com esta seca, com vistas para a do próximo ano. O secretário Alexandre Ayres falou sobre o tema com a reportagem do portal Gazetaweb, das Organizações Arnon de Mello (OAM).

Ayres, destacou, dentre outros assuntos, a ampliação do Canal do Sertão, considerada a maior obra hídrica do estado, que chegará ao quilômetro 105 até o final deste ano. Também foi criado um grupo de trabalho com a participação dos movimentos sociais e das Secretarias de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e Agricultura (Seagri) para implementar uma cadeia produtiva ao utilizar as águas do Canal.

“O grupo pretende dar início a uma cadeia produtiva de hortifruti nas regiões do Agreste e Sertão com o aproveitamento das águas do Canal do Sertão. Estamos aguardando as sugestões dos movimentos para trabalhar esta questão. Em janeiro de 2016, o governo entrega a Adutora do Alto Sertão, que atenderá nove municípios da região sertaneja, levando água de forma efetiva para a população”, explicou o secretário Alexandre Ayres.

Mais ações

A convivência com a estiagem não conta apenas com os investimentos nas obras do Canal do Sertão e Adutora do Alto Sertão. A Semarh colocou em prática a expansão do Programa de Recuperação de Nascentes, que somente este ano, revitalizou 100 delas em todo o estado. Somente no Sertão há 650 nascentes geo-referenciadas, segundo o levantamento da secretaria. Acrescente-se ainda o Programa de Perfuração de Poços, que paulatinamente, tem chegado aos municípios.

O trabalho, neste primeiro ano de gestão, tem sido sério, reforça o secretário da Semarh, Alexandre Ayres. Uma das constantes batalhas diárias é conseguir destravar a burocracia e retornar para o estado os recursos que praticamente estavam perdidos junto ao Governo Federal.

Neste cenário, Ayres recorda que após uma série de idas e vindas a Brasília, em novembro o governador Renan Filho assinou uma ordem de serviço para a implantação de 47 sistemas de abastecimento de água para as cidades do Agreste e Sertão, na primeira fase do Programa para Todos. Com recursos na ordem de R$ 24 milhões, 160 sistemas serão construídos em parceria com o Ministério da Integração.

“Destravamos processos relacionados ao Programa Água Doce [PAD], que levará até o próximo ano, 101 sistemas para as famílias alagoanas do Agreste e Sertão. Em paralelo a estas ações, a Semarh segue atuando com o suporte da Defesa Civil Estadual na distribuição de água por intermédio dos caminhões-pipa. É uma ajuda paliativa, porém, necessária. Esta é uma seca que causou uma série de problemas às famílias que residem no Semiárido, no entanto, o governo não está de braços cruzados. Estamos atuando diuturnamente minimizar os efeitos da estiagem e incentivar os produtores a conviver com a seca”, garantiu Alexandre Ayres.