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Estudantes alagoanos competem em Olimpíada Brasileira de Robótica

14/10/2015
Estudantes alagoanos competem em Olimpíada Brasileira de Robótica
Escola Estadual Edmilson Pontes, de Maceió, foi a única representante da rede estadual na OBR, levando três equipes para a competição (Foto: Valdir Rocha)

Escola Estadual Edmilson Pontes, de Maceió, foi a única representante da rede estadual na OBR, levando três equipes para a competição (Foto: Valdir Rocha)

Seguir linha reta. Superar obstáculos. Identificar vítima. Promover o resgate. A princípio, estas cenas parecem saídas de um dia de trabalho do Corpo de Bombeiros, mas na verdade, foram as tarefas às quais 188 estudantes se submeteram durante toda esta quarta-feira (14) durante a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), no Ginásio do Sesi.

Divididos em 47 equipes, alunos de escolas públicas, particulares e do Sistema S construíram e programaram protótipos de robôs para uma simulação de resgate. Os robôs das equipes de Ensino Fundamental finalizavam o percurso identificando a vítima em potencial, enquanto os do Ensino Médio identificavam e resgatavam a vítima, levando para um local seguro. Os vencedores das duas modalidades (Médio e Fundamental) representarão Alagoas na etapa nacional da OBR, em Uberlândia, Minas Gerais, em novembro.

“A escolha dos vencedores de cada modalidade leva em conta critérios como ultrapassagem de obstáculos e tempo de percurso. Quem termina a prova no menor tempo é o vencedor”,explicou o organizador do evento, Leonardo Viana, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Única escola pública

A Escola Estadual Edmilson Pontes, de Maceió, foi a única representante da rede estadual na OBR, levando três equipes para a competição, além de uma animada ‘torcida organizada’.

Ebson Lucas e seus colegas do 7º e 8º anos do Ensino Fundamental construíram robô que identifica vítima e dá dica do local mais seguro para o qual a mesma deve se deslocar. “Trabalhamos quase sete meses neste projeto”, relatou Ebson.

Já João Victor da Silva e seus companheiros do 1º ano dedicaram cinco meses à produção de um protótipo que não só identifica, mas leva a vítima a um local seguro. “O mais legal da OBR é que esta tecnologia futuramente pode ser usada para salvar pessoas”, falou João Victor.

O diretor adjunto da Escola, Ivanilson Santana, apontou os benefícios da participação da unidade de ensino no evento. “Por meio da robótica, o aluno se torna mais focado, disciplinado e coloca em prática os conteúdos de Matemática e Física aprendidos em sala de aula”, pontuou.

Expansão

Para o gerente da 1ª Gerência Regional de Educação (Gere), Roberval Ferreira, a participação da Escola Edmilson Pontes na Olimpíada é motivo de orgulho para toda a rede estadual.

“Esta Olimpíada estimula os jovens a se interessar pela ciência e tecnologia. Esperamos que no futuro tenhamos ainda mais escolas participando”, declarou.

Segundo o professor Leonardo Viana, este ano, a etapa estadual do evento registrou uma participação sete vezes maior do que em 2014. Para 2016, a ideia é expandir ainda mais a ação.

“Queremos levar este trabalho para mais escolas no ano que vem e estamos com um plano de capacitação que discutiremos com a Secretaria de Educação, Sistema S, IFAL, Fapeal e escolas particulares. A ideia é formarmos uma rede de multiplicadores para a OBR”, adiantou.