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Artesãos são registrados como mais novos Patrimônios Vivos de Alagoas
Dois mestres artesãos alagoanos acabam de ser registrados como Patrimônio Vivo de Alagoas. A seleção foi divulgada na edição da última quinta-feira (10) do Diário Oficial do Estado (DOE), com o intuito de preservar o artesanato dentro do segmento cultural local.
Selecionados entre 48 nomes inscritos, o mestre Antônio dos Santos, 62 anos, conhecido como Antônio Dedé, e a artesã Vânia Oliveira, de 58 anos, foram escolhidos por sua representatividade e preservação da cultura alagoana por meio do trabalho artístico e manual.
Para a artesã Vânia, conhecida pela reprodução do chapéu de Guerreiro, e por utilizar referências culturais de Alagoas no artesanato feito com a matéria prima de tecido e madeira, o título representa o reconhecimento por anos de dedicação.
“Não esperava ser reconhecida como Patrimônio Vivo, e para mim foi uma surpresa maravilhosa. Isso mostra que valeu a pena e foi reconhecido meu trabalho e a luta para manter viva a cultura alagoana, que me encanta e apaixona a cada dia”, ressalta.
Autodidata e com 32 anos de profissão, Vânia, natural de Maceió, faz questão de repassar seu conhecimento por meio de capacitações e trabalhos voluntários para jovens e grupos que deixaram de produzir o artesanato.
O apoio aos artesãos é articulado pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), que também é responsável pela emissão da Carteira Nacional do Artesão, registrando o profissional no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab), e movimentação do Caminhão Alagoas à Mão Itinerante, que circula por todo o Estado expondo e comercializando a produção artesanal alagoana.
Além dos artesãos, entraram para a lista de Patrimônios Vivos o mestre de Guerreiro José Laurentino Sirilo, 86 anos, e a mestra de Coco de Roda Zeza do Coco.
A publicação de novos mestres é realizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e homologada pelos membros do Conselho Estadual de Cultura.
Bom momento
O momento de avanço do artesanato alagoano é evidenciado, também, pelo interesse nacional na produção. Na última sexta-feira (11), o diretor Industrial da empresa Círculo – uma das maiores indústrias têxteis do país e referência na produção de fios e linhas para trabalhos manuais- Carlos Zagolin, esteve em Alagoas para conhecer de perto a produção de peças em bordado Filé e avaliar uma possível cooperação técnica entre a empresa e o Instituto Bordado Filé.
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