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Feira de Orgânicos da Praça Centenário recebe novos participantes em Maceió

05/09/2015
Feira de Orgânicos da Praça Centenário recebe novos participantes em Maceió
Foto: Ufal.edu

Foto: Ufal.edu

Dez novos agricultores passam a integrar a Feira de Orgânicos da Praça Centenário a partir do próximo domingo (06). Eles juntam-se a produtores familiares dos municípios de Branquinha e Murici que montam suas barracas no bairro do Farol nas manhãs de cada domingo para vender frutas, verduras e raízes livres de agrotóxicos e outros produtos químicos.

Durante o mês de setembro, esse número pode aumentar ainda mais, já que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai entregar 21 novos registros de produtores orgânicos em Alagoas, documento obrigatório para identificação e participação em feiras orgânicas, em Maceió ou nas cidades do interior.

A participação em feiras orgânicas gera uma renda média de R$ 500 por semana, variando de acordo com a quantidade de produtos vendidos e até o local onde a feira é realizada. De acordo com Cristina Loureiro, analista da Unidade de Agronegócios (Uagro) do Sebrae em Alagoas, é possível mensurar uma média de 2.000 quilos em produtos por semana.

A realização de feiras de produtos orgânicos ajuda a desenvolver nos municípios uma cultura ecologicamente correta, ambientalmente sustentável e economicamente viável, pois garante a existência do comércio para esse tipo de produto.

“Em primeiro lugar, ajuda a promover melhoria na qualidade de vida para todos os atores envolvidos. Para os clientes, possibilita o acesso a produtos saudáveis, com garantia de origem, já para os agricultores, é um meio de escoar a produção, gerando renda e possibilitando a permanência no campo. E para os visitantes é importante porque trabalha a conscientização do consumo de alimentos saudáveis”, explicou Cristina Loureiro.

Todos os agricultores que participam da feira na Praça Centenário são ligados à Associação de Produtoras Agroecológicas da Zona da Mata de Alagoas, da cidade de Branquinha, e à Associação Dom Hélder Câmara, da cidade de Murici. Também integram o Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura do Vale do Mundaú e o Projeto de Desenvolvimento Territorial (DET) da Região do Vale do Mundaú e do Vale do Paraíba, conduzido pelo Sebrae em Alagoas.

A Feira de Orgânicos da Praça Centenário é uma realização dos agricultores em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Prefeitura Municipal de Maceió; Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), através do APL Fruticultura no Vale do Mundaú; Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Sebrae em Alagoas.

Orgânicos em Maceió

O histórico das feiras de produtos orgânicos em Maceió começou em 2012, em uma ação da Comissão de Produção de Orgânicos (CPORg) na Ufal durante Semana do Alimento Saudável daquele ano. Realizada às quartas-feiras, em frente à biblioteca do Campus A. C. Simões, a feira permanece até hoje por solicitação dos produtores e consumidores.

Nos meses de maio e junho deste ano, começaram a ser realizadas feiras no pátio da Seapa e na Praça Centenário, sempre na primeira sexta-feira de cada mês e aos domingos, respectivamente. Na praça, a feira foi iniciada durante Semana do Alimento Saudável e, em virtude do sucesso, está ativa e se fortalecendo nos dias atuais.

Alimento orgânico

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), alimento orgânico é aquele cultivado em ambiente com sustentabilidade social, ambiental e econômica, sem a utilização de agrotóxicos, hormônios, drogas veterinárias ou adubos químicos. É aquele cujo cultivo busca o equilíbrio do ecossistema para resultar em plantas mais resistentes a pragas e doenças, impedindo a disseminação de doenças.

Ainda segundo o ministério, nem todo alimento produzido sem agrotóxico pode ser considerado orgânico, pois ele precisa sair de um sistema agropecuário sustentável – o que inclui a venda direta do agricultor familiar ao consumidor, pois assim cria-se uma relação de confiança entre as partes.

Para que o consumidor identifique se um alimento é orgânico é preciso checar a presença do Selo Brasileiro em seu rótulo, obrigado pela legislação desde 2011. Atualmente existem oito certificadoras que credenciam a produtos orgânicos no país, sob fiscalização do Mapa: Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), IBD Certificações, Ecocert Brasil Certificadora, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Instituto Chão Vivo de Avaliação da Conformidade, Agricontrol (OIA).