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Vieira vai à Colômbia e Venezuela para ajudar no diálogo entre os dois países
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou na noite desta quinta-feira (3) para a Colômbia para ajudar no diálogo entre entre este país e a Venezuela. No dia 20 de agosto, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fechou a fronteira com a Colômbia, depois que um civil e três militares venezuelanos foram feridos em uma emboscada.
Nos dias que se seguiram, mais de mil colombianos foram repatriados e 4.260 abandonaram a Venezuela.
A iniciativa de enviar o chanceler brasileiro à Colômbia foi da presidenta Dilma Rousseff. O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, acompanha Vieira no diálogo com os países vizinhos. De acordo com o Itamaraty, o objetivo da missão é “oferecer os bons ofícios para ajudar na comunicação entre as partes”. Vieira e Timerman já se encontraram com a ministra de Relações Exteriores da Colômbia, María Angela Holguín, e seguem ainda hoje para Caracas, capital venezuelana.
De acordo com o Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Vieira entregou à ministra colombiana uma carta de Dilma, endereçada ao presidente Juan Manuel Santos. “Os ministros Vieira e Timerman buscam promover e aprofundar o diálogo entre as partes dada a importância da unidade da região e da solução pacífica e negociada das diferenças”, diz comunicado divulgado pelo ministério argentino em seu site oficial.
Os militares venezuelanos foram baleados enquanto patrulhavam a fronteira do estado de Táchira, na tentativa de evitar o contrabando de gasolina e alimentos subsidiados para a Colômbia, onde são vendidos a preços mais altos. Maduro atribuiu o ataque às “máfias paramilitares colombianas” e, além de fechar a fronteira, decretou estado de exceção constitucional em seis municípios e enviou 1,5 mil soldados à região para “restabelecer a ordem, a paz e a convivência”.
O presidente colombiano reafirmou a disposição de “colaborar e coordenar ações contra o contrabando e o crime organizado”, mas disse que o diálogo é a melhor forma de solucionar o problema. Segundo Santos, “o confronto só serve a interesses políticos, individuais e eleitorais.”
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