Geral
Governo discute demandas de movimentos sociais e aponta soluções
O Comitê de Mediação de Conflitos Agrários do Estado de Alagoas, liderado pelo secretário-chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias; e o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, discutiram, nesta terça-feira (25), demandas relacionadas aos movimentos sociais envolvidos com a reforma agrária no Estado.
“O Gabinete Civil é um facilitador de todas as demandas que vocês trazem ao governo, não só com as secretarias, mas com as demais instituições, como o Judiciário, o Ministério Público e o Governo Federal”, afirmou Fábio Farias.
Jaime Silva, por sua vez, frisou o papel do instituto com a reforma agrária em Alagoas. “O Iteral age como intermediador dos movimentos sociais com o Estado e tem o compromisso de realizar a reforma agrária e negociar com os assentados nas propriedades, por meio dos movimentos”, disse o diretor-presidente do Iteral.
Na reunião, a desapropriação das terras da massa falida do Grupo João Lyra para fins de reforma agrária foi o principal assunto discutido. Dessa forma, foi informada a situação geral do processo judicial pelo juiz da Comarca de Coruripe, Kleber Borba Rocha, e pelo administrador judicial da massa falida, João Daniel Marques Fernandes.
“A prioridade do Grupo João Lyra será pagar os credores. Sabemos que existe a ocupação das terras, mas seremos legalistas. Se os movimentos sociais, o Estado, o Poder Judiciário e a massa falida entrar num consenso, nosso compromisso será cumprir a sentença e o direito dos credores”, disse João Daniel Marques Fernandes.
Durante o encontro, foi discutida também a compra da Fazenda Cana Brava, localizada no município de Maragogi, que está em negociação com o Iteral, e a transferência das famílias acampadas pelo Movimento Sem Terra (MST) da Fazenda Bela Vista, que passará por reintegração de posse no prazo de 90 dias.
O coordenador do movimento Via do Trabalho, Marcos Antônio da Silva, o “Marrom”, elogiou o fato de o Estado ouvir os movimentos. “É importante haver o diálogo entre o Estado, o Iteral e os movimentos sociais para que toda a negociação e conquistas da reforma agrária aconteça de forma pacífica em Alagoas”, ressaltou a liderança.
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