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Sistemáticos preferem heavy metal e empáticos, rock leve

29/07/2015
Sistemáticos preferem heavy metal e empáticos, rock leve
A música da banda de heavy metal Metallica agradou mais a participantes classificados como 'sistemáticos' no estudo de pesquisadores de Cambridge. Foto: Getty Images

A música da banda de heavy metal Metallica agradou mais a participantes classificados como ‘sistemáticos’ no estudo de pesquisadores de Cambridge.
Foto: Getty Images

O gosto musical de uma pessoa pode dar pistas sobre a maneira como ela pensa e vice-versa, segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
O estudo apontou que pessoas empáticas, com maior capacidade de se identificar com outra pessoa, preferiram músicas mais suaves, de baixa energia. Já aquelas classificadas como “sistemáticas” – pessoas que procuram analisar padrões no mundo – optaram por punk, heavy metal e músicas em geral mais complexas.

Pesquisa com ouvintes

Para investigar essa questão, pesquisadores recrutaram 4 mil participantes, que foram submetidos a diferentes testes. Primeiramente, eles foram solicitados a preencher questionários com afirmações desenhadas para investigar se eram mais “empáticos” ou “sistemáticos”.
Os participantes responderam, por exemplo, se tinham interesse por design e construção de motores de carro, e se eram bons em prever o sentimento das pessoas. Depois, foram submetidos a 50 trechos curtos de músicas, de 26 estilos diferentes, e tiveram que dar notas de 1 a 10 para cada trecho.

Conclusões

Pessoas com alto índice de empatia tiveram maior inclinação a gêneros como R&B, soft rock e folk. Por outro lado, quem se aproximou mais do perfil “sistemático” teve tendência a gostar da música de bandas de heavy metal e de jazz contemporâneo.
Participantes com altos índices de empatia se aproximaram de músicas como a versão de Jeff Buckley para Hallelujah , de Leonard Cohen, e Come Away with Me , de Norah Jones. Quem foi identificado como “sistemático” teve maior conexão com músicas como Enter Sandman , do Metallica.
Ao avançar na investigação, pesquisadores descobriram que dentro de um mesmo gênero musical havia diferenças na intensidade e no estilo de música preferido por cada grupo. David Greenberg, doutorando em Cambridge, sugere que esses achados podem ser úteis à indústria da música.