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Saúde se mobiliza contra hepatite e orienta à população sobre prevenção

28/07/2015
Saúde se mobiliza contra hepatite e orienta à população sobre prevenção
 Quem fez alguma cirurgia, transfusão de sangue, transplante ou uso de seringas não descartáveis antes de 1993 pode ter contraído hepatite C (Foto: Divulgação)


Quem fez alguma cirurgia, transfusão de sangue, transplante ou uso de seringas não descartáveis antes de 1993 pode ter contraído hepatite C (Foto: Divulgação)

Muitas pessoas têm hepatite e não sabem. Essa doença silenciosa ataca o fígado e pode até levar à morte. Para esclarecer a população alagoana sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta sobre o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites, celebrado nesta terça-feira (28).
Existem vários tipos de hepatites, classificadas por letras do alfabeto: A, B, C, D e E. A doença pode evoluir e causar cirrose, câncer e até levar à morte. A campanha, apresentada pelo Ministério da Saúde (MS), é focada no incentivo ao diagnóstico e ao tratamento, com mensagens de alerta à população.
No Estado de Alagoas, o panorama das hepatites virais aponta 140 casos registrados em 2015, até a primeira quinzena de julho. Em 2012, o número chegou a 559 casos; teve aumento em 2013, com 692 casos; e em 2014, o número registrado foi de 688.

Novidade

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou que uma nova terapia que aumenta as chances de cura e diminui o tempo de tratamento aos pacientes com hepatite C estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) até dezembro deste ano. Composto pelos medicamentos daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir, o novo tratamento vai beneficiar cerca de 30 mil pessoas nos próximos 12 meses.
“Estamos incorporando no SUS o que tem de mais moderno no tratamento para a hepatite C. Com isso, o Brasil assume a vanguarda na oferta desta terapia, como já fizemos com a aids, com a oferta de antirretrovirais”, afirmou o ministro da Saúde, durante solenidade que marca o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites.

Hepatites

Quem fez alguma cirurgia, transfusão de sangue, transplante ou uso de seringas não descartáveis antes de 1993 pode ter contraído hepatite C. A doença é silenciosa e pode ficar anos sem manifestar sintomas, podendo evoluir para câncer, cirrose e até levar à morte. Por isso, é importante fazer o teste de detecção em uma unidade de saúde. Além de rápido, seguro, sigiloso, ele é o primeiro passo para a cura. A transmissão acontece de forma parenteral (sangue contaminado), sexual, vertical (mãe para filho) e hospitalar.
Para se proteger contra a hepatite B, é preciso tomar as três doses da vacina, disponível no SUS. Além disso, é fundamental usar camisinha e não compartilhar objetos que possam ter contato com o sangue, como seringas, lâminas, agulhas de tatuagem ou alicates de unha. Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentam idade média de diagnóstico menor, em relação às outras regiões do País.
Desde o ano passado, a vacina para hepatite A é ofertada para crianças entre um a dois anos de idade incompletos. A hepatite A é uma doença caracterizada por diarreia e icterícia. Entretanto, a doença é frequentemente assintomática e de elevada transmissibilidade. É transmitida por alimentos, água e objetos contaminados e, até mesmo, por contato pessoal, se não houver higiene adequada. Houve queda de 69,7% do número de casos em nove anos, sendo o Nordeste e o Norte responsáveis por um maior número de casos.