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Soberania e desenvolvimento
A declaração final da 7a reunião de cúpula dos BRICS em Ufá na Rússia, realizada nos dias 8 e 9 de julho, indica avanços substantivos em vários aspectos, tanto nos campos financeiro, comercial, de cooperação científica, tecnológica como geopolítico.
A verdade é que esses passos, que estão sendo dados paulatinamente, sistematicamente, persistentemente, são confrontados por tenaz resistência de forças internas, externas, contrárias ao protagonismo solidário da nação no cenário internacional, ao tempo em que deparam-se com um quadro de profunda crise estrutural capitalista global.
Um dos principais desafios do País, senão o central na atual quadra, é encontrar os rumos da retomada do crescimento econômico com base em fundamentos de incorporação de produtos manufaturados com tecnologia de ponta avançada agregada o que implica na superação do atual processo de desindustrialização pelo qual passamos.
Por trás do turbilhão de tempestades múltiplas, sempre pautadas pela mídia oligárquica, que envolvem tentativas de convulsões institucionais antidemocráticas, gerenciadas por motivações internas, externas, há a resistência de setores motivados por interesses subalternos a uma ótica da dependência econômica, financeira e política do Brasil na arena mundial.
Trata-se de um confronto de natureza histórica sobre quais os rumos que a nação deve trilhar em seu processo interno, de progresso, superação de abismos sociais tremendos, vários deles seculares, na capacidade de superação das suas metas de desenvolvimento como um País industrializado sustentado na própria competência inovadora.
É um forte combate na luta de ideias nos campos político, antropológico, filosófico com desdobramentos econômicos que data de longo curso, envolvendo, principalmente, todo o século XX.
Que esteve presente em várias fases turbulentas da nossa vida política, cujo marco histórico pode ser medido pela revolução de 1930 e daí em diante em numerosas etapas de confrontos que se estendem até os dias atuais em que se avulta numa luta titânica.
Enfim, de um lado forças minoritárias mas poderosas associadas a interesses financeiros, geopolíticos internacionais, de outro lado a grande maioria da sociedade nacional que aspira por uma nação soberana, solidária, democrática e desenvolvida.
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