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A política e a economia
Em conversa sobre a conjuntura, um jovem ativista indagou se a saída da atual crise institucional em que vive o País é de natureza econômica ou política.
Tenho a impressão que ela se expressa através dos dois vetores, sendo que ela é essencialmente política, dado que é pela via da luta de ideias e a articulação de setores políticos, camadas sociais, que se encontram as saídas e os rumos de qualquer processo, seja ele imediato ou de fundo estratégico.
No entanto, se é verdade que não há solução para as crises econômicas fora da iniciativa, da decisão pela vontade política, também não é menos correto, entendo, identificar que o acerto na tática ou na estratégia política não substitui por si só a necessária orientação de uma linha econômica.
Por outro lado existe no campo das várias ciências, como na História, antropologia, sociologia etc., um confronto, que já é de largo tempo, entre aqueles que consideram que o Brasil só conseguiria modernizar-se economicamente de maneira associada e dependente ao capital financeiro internacional e aqueles que lutam pelo protagonismo do País e da sociedade brasileira.
Além da subordinação intelectual às grandes metrópoles mundiais seja à Inglaterra, de ontem, quanto aos Estados Unidos hoje.
Daí resulta aquilo que já se chamou a sociologia do desgosto para com o Brasil. Uma visão cosmopolita subordinada, a incapacidade de pensar o País a partir das suas particularidades e necessidades. Dos seus objetivos estratégicos e prioridades enquanto Estado independente, das aspirações da sociedade nacional. Na verdade, é o velho complexo de inferioridade citado por Nelson Rodrigues.
É fundamental vencer a ideia da dependência ideológica bradada pela grande mídia oligárquica, encontrar rumos que apontem um novo projeto nacional de desenvolvimento econômico.
São desafios que serão enfrentados através da construção de ampla frente democrática patriótica contra as forças retrógradas, em defesa do Brasil e por um desenvolvimento econômico mais avançado.
O País necessita enfrentar uma crise política muito complexa, onde forças conservadoras buscam sistematicamente, com o apoio da mídia hegemônica, interromper o legítimo resultado das eleições presidenciais, ao tempo em que é fundamental compor um novo ciclo de crescimento virtuoso.
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