Política

AJUSTE FISCAL: Corte virá com alta de impostos

18/05/2015
AJUSTE FISCAL: Corte virá com alta de impostos
Na votação desta quarta-feira, na Câmara Federal, a tendência é que a “tesourada” radical seja confirmada (Foto: 24horasPB)

Na votação desta quarta-feira, na Câmara Federal, a tendência é que a “tesourada” radical seja confirmada
(Foto: 24horasPB)

O governo federal pretende combinar os cortes em gastos previstos no Orçamento deste ano com uma nova rodada de aumento de impostos. O objetivo da medida, preparada pelo Ministério da Fazenda, é reforçar o ajuste fiscal e afastar o risco de rebaixamento da nota de crédito do Brasil.

O contingenciamento de R$ 78 bilhões no Orçamento de 2015 sugerido pelo titular da pasta, Joaquim Levy, certamente incidirá sobre investimentos e não poupará nem mesmo programas prioritários, obrigando o governo a rever metas, conforme integrantes do alto escalão do governo. Uma das principais vitrines das gestões petistas, o Minha Casa Minha Vida, também deve ser atingido pelo congelamento de despesas, que visa ao cumprimento da meta de superávit primário. Incomodados com a severidade do bloqueio previsto, ministros pressionam o Planalto para, ao menos, salvar suas pastas da paralisia, mantendo as ações essenciais.

Na tarde deste domingo, 17, a presidente Dilma Rousseff se reuniu por quatro horas no Palácio da Alvorada, com os titulares da junta orçamentária (Casa Civil – Aloizio Mercadante, Planejamento – Nelson Barbosa e Fazenda – Joaquim Levy), para debater o tamanho do contingenciamento, que será anunciado até sexta-feira.

No encontro, os ministros analisaram o peso das modificações promovidas pela Câmara dos Deputados nas medidas provisórias do ajuste fiscal e avaliando possíveis cenários para a votação do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha.

Se os deputados também flexibilizarem as regras da proposta, na votação desta quarta-feira, a tendência é que a “tesourada” radical seja confirmada.

A previsão inicial da Fazenda seria economizar R$ 5,35 bilhões em 2015.