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Programa Voz que Ensina capacita professores em São Luiz do Quitunde

13/05/2015
Programa Voz que Ensina capacita professores em São Luiz do Quitunde
Ação é resultado da parceria entre as Secretarias de Estado da Educação e da Saúde (Foto: José Demétrio)

Ação é resultado da parceria entre as Secretarias de Estado da Educação e da Saúde (Foto: José Demétrio)

Professores de São Luiz do Quitunde e Barra de Santo Antônio participaram, esta semana, de mais uma oficina do Programa Voz que Ensina. Resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação, por meio do Núcleo de Qualidade de Vida (Nuqav), e Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (Cerest), a ação visa trabalhar com os educadores uma cultura de cuidados preventivos com a saúde vocal.
Esta semana, as atividades foram realizadas na Escola Estadual Margarida Pugliesi, em São Luiz do Quitunde, que está sob a responsabilidade da 10ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). De acordo com a fonoaudióloga da Secretaria da Educação e coordenadora do programa, Rayné Melo, este é o décimo município visitado pela equipe este ano.
“Nestas visitas às escolas, temos tido uma excelente participação dos servidores. Em cada oficina, orientamos, conscientizamos e tiramos diversas dúvidas sobre aquecimento e desaquecimento vocal, estratégias para minimizar o esforço da voz, pela competição sonora dentro e fora da sala de aula. Muitos professores ainda desconhecem a Lei da Voz e seus benefícios”, explicou.
Ainda segundo Rayné, além da prevenção, o programa também garante assistência prioritária e gratuita à saúde vocal a professores da rede estadual pela Universidade de Ciências de Alagoas (Uncisal). O encaminhamento dos educadores para o tratamento é feito a partir dos elos de qualidade de vida das coordenadorias regionais.

Avanços

Em um período de dois anos, o Programa Voz que Ensina já apresenta resultados positivos na rede pública estadual. De acordo com dados do Nuqav, de 2012 até 2014, a disfonia – alteração na produção da voz – caiu de terceiro para quinto lugar entre os motivos de afastamento de educadores da sala de aula para tratamento de saúde. A expectativa é que esse número reduza ainda mais nos próximos anos.
“Apesar de ainda termos muitos casos não notificados, os números já representam os frutos deste trabalho, fortalecido pela parceria entre Cerest estadual e suas representações nos municípios”, declarou a coordenadora.

Professores

Cansaço físico e mental, além de problemas de ruído e outros fatores ligados ao ambiente de trabalho, estão entre os maiores fatores causadores dos distúrbios da voz em professores, segundo a fonoaudióloga Rayné Moreira.
Professores participantes da oficina aprovaram o trabalho desenvolvido pelo programa Voz que Ensina. É o que aponta a professora e diretora adjunta da escola Margarida Pugliese, Fabiana Melo, que, no passado, também apresentou problemas relacionados à voz.
“Já tivemos professores afastados por problemas de voz, eu mesma sou uma destas. Esse trabalho é de suma importância, digo porque fiz o tratamento e sei dos resultados. Quem precisa da voz para trabalhar, como os professores, precisa estar atento mesmo, tomar consciência e seguir as orientações”, ressaltou a diretora.
Quem está iniciando agora a carreira docente também já se preocupa com o bem estar vocal. É o caso de Tercio Gomes Pereira, professor de Língua Espanhola há um ano na Ecola Estadual Sebastião Felisberto, na Barra de Santo Antônio.
“Nunca tinha recebido informações deste tipo. Estou no quadro há pouco tempo, mas já percebo a importância de se ter cuidado com a voz”, afirmou.