Geral
Sistema prisional alagoano inicia ano letivo de 2015; 16 turmas serão formadas


Números no sistema prisional são animadores o que motiva a permanência do projeto. (Foto: Estadão/Cortesia)
Para comemorar mais um grande passo na educação no sistema prisional alagoano, a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia da Superintendência de Administração Penitenciária (SAP) realizou, nesta terça-feira (5), a cerimônia de abertura do ano letivo de 2015. A solenidade aconteceu no Espaço Multieventos do Presídio Santa Luzia e reuniu educadores, alunos e representantes de instituições de ensino.
O agente penitenciário e doutorando em Ciências Jurídicas, Felipe Campos, ministrou uma palestra com o tema “Caminho da liberdade através da educação”. A intenção foi a de sensibilizar os presentes a respeito da educação prisional. A cerimônia contou também com uma apresentação teatral, produzida por alunos do Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) e professores, demonstrando a importância da educação em suas vidas como ferramenta para ressocialização.
Dayana dos Santos é uma das alunas que participou da solenidade e comentou que a educação e o empenho dos profissionais envolvidos fazem a diferença em suas vidas.
“Quando comecei a estudar queria aprender coisas novas para ensinar e acompanhar os estudos dos meus filhos. E com pouco tempo que estou estudando, pude perceber que graças à educação que recebemos aqui, temos a capacidade de nos tornarmos pessoas melhores e confirmar que existe ressocialização”, disse a reeducanda.
Para o secretário adjunto de Ressocialização, tenente-coronel Marcos Sérgio, o objetivo do Estado é ressocializar e capacitar os reeducandos para serem reinseridos à sociedade. “A educação é o grande fator para a mudança do mundo; sem educação nós não conseguimos mudar nossa percepção de vida. O trabalho que desenvolvemos aqui busca isso: propiciar a mudança para essas pessoas através da educação”, ressaltou o oficial.
Ao elogiar o trabalho dos servidores da Gerência de Educação, o secretário disse que eles constituem uma das peças mais importantes no processo de ressocialização dos reeducandos. “Sei que é um trabalho difícil e que o ambiente prisional afasta um pouco as pessoas que querem mudar, mas os senhores sempre estão presentes, propiciando esse vetor de educação”, acrescentou Marcos Sérgio.
A superintendente de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação, Claudiane Pimentel, mostrou-se satisfeita com os caminhos da educação prisional no estado. “É um privilégio estarmos presenciando esse momento, pois hoje podemos dizer que Alagoas possui uma política para a educação prisional e que já está dando frutos positivos”, falou a superintendente.
Números positivos – Com o início do ano letivo de 2015, a Gerência de Educação disponibilizará 290 vagas para estudantes nas modalidades Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo, 16 turmas serão formadas nas diversas unidades prisionais, visando oportunizar a educação para as pessoas privadas de liberdade.
De acordo com a secretaria adjunta de Ressocialização, a educação tem sido um trabalho contínuo e a prova disso são os números de 2014: 335 custodiados foram matriculados no ensino formal e 192 reeducandos participaram de cursos de qualificação profissional, ofertados em parceria com a Ufal, Ifal, Senac e Senai.
Ao todo, a assistência educacional atendeu a 17,7% da população carcerária, número destaque quando comparado à média nacional, que é de 10,02%.
Mais lidas
-
1EDUCAÇÃO
Seduc realiza 6ºconvocação do PSS de profissionais de apoio da Educação Especial
-
2CASO GABRIEL LINCOLN
Palmeira: Ministério Público ouve familiares e advogado de jovem morto em ação policial
-
3COMUNICAÇÃO
Clevânio Henrique lança projeto independente e deixa NN FM após dois anos; Microfone Aberto é transmitido por 4 emissoras em Arapiraca, Palmeira e Santana
-
4PODCAST
Ricardo Mota fez na entrevista o que sempre escreveu que o governador fazia nos bastidores: riu do "imperador" Julio Cezar.
-
5AVAL DA BANCADA DO CONFEITO
Prefeitura e Câmara de Palmeira ignoram Justiça e trocam terras da União avaliadas em R$1 milhão; FUNAI já acionou a assessoria jurídica sobre a permuta escandalosa