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Segredos do sucesso – II
Volto ao livro “Segredos do Sucesso” (Editora Leader), que acaba de ser lançado por Cristiano Lagôas, um especialista em Alta Gestão. Em meu depoimento, confesso que, ao deixar a Manchete, com 56 anos de idade, prometi a mim mesmo que dali em diante só faria o que gostasse. Nada obrigado. Assim, ao lado da família, que amo, dirijo a Consultor – Assessoria de Planejamento Ltda. e o Instituto Antares de Cultura, que é uma sociedade civil sem fins lucrativos. Sem falar no trabalho voluntário (sem remuneração) na presidência do Centro de Integração Empresa-Escola/o CIEE do Rio de Janeiro. Desde que lá entrei, há cinco anos, consegui aumentar o número de estagiários e aprendizes de 20 para 37 mil, o que nos enche de alegria. Temos uma bela equipe, comandada pelo amigo Paulo Pimenta. Agora mesmo, compramos uma sede nova, na rua de Santana nº 165, para nela comemorar os nossos 50 anos de existência.
O que me deixa feliz é a realização com êxito de algum evento ou o sucesso na vida dos filhos Celso, Andréia e Sandra, além das seis netas maravilhosas (Giovanna, Dora, Gabriela, Fernanda, Bruna e Paula).
O que não tolero? Falsidade. Frustração em mim dói apenas no começo. Profissionalmente, gosto da expressão com que fui homenageado pelo saudoso acadêmico R. Magalhães Jr.: “Arnaldo é um ensaísta da educação.” Já o também acadêmico Carlos Heitor Cony disse um dia que sou “um grande executivo cultural.”
Penso muito antes de tomar decisões importantes. Pude inaugurar 88 escolas públicas, entre os anos de 79 e 83, o que considero um feito notável. Por enquanto, me recuso a pensar na velhice. Tenho a mente focada em projetos e inovações, como hoje em dia a Nuvem de Livros”, pela qual tenho o maior entusiasmo. Outra atividade que me enche de encantamento é a realização de conferências, dentro e fora da Academia Brasileira de Letras, onde estou há mais de 30 anos. Fui seu presidente e lá deixei minhas impressões digitais, em muitas e definitivas realizações.
Ninguém pode fazer sucesso, na vida, se não tiver estudado muito e se preparado de modo adequado. Também é essencial entender que a aprendizagem é para toda a vida, como se afirma na Unesco. Os conhecimentos evoluem de minuto a minuto e devemos estar sempre atentos a isso. Quem acha que sabe tudo, na sociedade do conhecimento, não sabe é nada.
Com a experiência de estar presidindo o CIEE/RJ posso afirmar que o recrutamento desses jovens estagiários e aprendizes é sempre feito cuidadosamente, reconhecendo nos candidatos o seu potencial em termos de criatividade, apetite funcional, modéstia e capacidade técnica. Um bom especialista em avaliação (temos vários deles que são ótimos) reconhecerá com facilidade essas qualidades nos candidatos. Por fim, posso afirmar que a devoção ao estudo é uma qualidade indispensável, ao lado da solidariedade e do espírito de liderança. Sem isso, tudo fica mais difícil.
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