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Motossocorristas do Samu potencializam salvamentos ágeis no Estado

23/03/2015
Motossocorristas do Samu potencializam salvamentos ágeis no Estado
Motossocorristas do Samu têm sido essenciais para agilizar salvamentos. Exemplos desse trabalho foram os atendimentos feitos aos trabalhadores Luiz Henrique dos Santos e Valdir Jorge Domingos (Fotos: Arnaldo Santtos)

Motossocorristas do Samu têm sido essenciais para agilizar salvamentos. Exemplos desse trabalho foram os atendimentos feitos aos trabalhadores Luiz Henrique dos Santos e Valdir Jorge Domingos (Fotos: Arnaldo Santtos)

Desde que foi criado em janeiro de 2013, até 18 de março deste ano, o serviço de motolância já realizou 1.451 atendimentos em todo o Estado. O serviço é um diferencial de atendimento das urgências e emergências no país. Destaca-se o trabalho executado em Maceió e em Arapiraca pelo socorro rápido e ágil porque chega ao local do acidente ou na casa de um paciente clínico grave, muito mais rápido.
O serviço conta com sete motos (duas duplas de profissionais em Maceió e um trio de profissionais em Arapiraca) e funciona das 7h às 17h todos os dias.
O Governo do Estado ampliou o número de viaturas e a tendência é ampliar ainda mais, explicou o gerente do Samu, Lucas Casado. “A principal vantagem deste tipo de viatura é que o motossocorrista chega ao local do acidente antes dos profissionais da ambulância, e logo o paciente é estabilizado clinicamente”, acrescenta Casado, destacando que, com isso, podem-se reduzir as possíveis sequelas de um acidente grave.
Foi o que aconteceu com Luiz Henrique dos Santos Rego, 42 anos, que mora na Rua Padre Cícero, 49, casa “C”, no Conjunto Village Campestre II, no bairro do Tabuleiro do Martins, no ultimo dia 28 de fevereiro. O caso ocorreu numa indústria de produtos de plástico, localizada no Distrito Industrial, em Maceió. Ele sofreu um acidente de trabalho quando fazia a manutenção em uma das máquinas.
“Tive muita sorte em não ter perdido a minha vida ou o meu braço. A máquina puxou o meu braço esquerdo e perdi muito sangue. Passei dez dias na UTI e agora estou me recuperando muito bem”, disse o trabalhador.
Colegas de trabalho de Luiz Henrique ligaram desesperados para o Samu assim que aconteceu o acidente e em alguns minutos os motossocorristas estavam no local. A equipe de médicos reguladores encaminhou primeiro os profissionais da motolância e, em seguida, uma Unidade de Suporte Avançado (USA) para que o paciente fosse encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE) com segurança.
“Estancamos imediatamente a hemorragia com gaze e atadura adequados e ministramos soro. O paciente estava quase em choque hipovolêmico. Fizemos tudo com orientação dos médicos reguladores de plantão”, afirmou o socorrista do Samu Luciano Rodrigues.

Quem também precisou de atendimento rápido foi

Valdir Jorge Domingos da Silva, 35 anos, solteiro, que mora da na rua Triunfo, 374, no bairro do Jacintinho. De acordo com o motossocorrista Anderson Lourenço, o paciente apresentou uma hipoglicemia (diminuição no nível de glicose no sangue. O termo significa “pouco açúcar no sangue”) devido a ingestão de muita bebida alcoólica.
“Estava me sentindo muito fraco, passei mal e se não fosse o pessoal do Samu, talvez não estivesse aqui contando a história”, relatou Domingos.
Os motossocorristas (que são técnicos de enfermagem e que fizeram curso de Atendimento Pré-hospitalar – APH – específico) levam equipamentos, numa mochila, semelhantes ao de uma Unidade de Suporte Básico (USB), além de todo medicamento necessário para estabilizar o paciente clinicamente, sendo orientado pelo médico regulador que fica na Base do Samu.