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Secretaria de Saúde alerta sobre doenças relacionadas ao trabalho em simpósio

26/02/2015
Secretaria de Saúde alerta sobre doenças relacionadas ao trabalho em simpósio
Problemas por esfirço repetitivo já é a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil; de acordo com a coordenadora estadual de Saúde do Trabalhador, Gardênia Santana, a ação visa garantir a qualidade de vida do trabalhador (Fotos: Carla Cleto e Olival Santos)

Problemas por esfirço repetitivo já é a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil; de acordo com a coordenadora estadual de Saúde do Trabalhador, Gardênia Santana, a ação visa garantir a qualidade de vida do trabalhador (Fotos: Carla Cleto e Olival Santos)

A segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil – as lesões por esforço repetitivo (LER) / distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (Dort) -, foi tema do Simpósio Ler/Dort. O encontro ocorreu nesta quinta-feira (26), no auditório do Hospital Universitário (HU), e serviu para evidenciar dois temas relevantes no âmbito da saúde: a prevenção e a notificação.
Para ratificar o Dia Mundial de Combate à Ler/Dort, lembrado no dia 28 de fevereiro, o simpósio reuniu profissionais de saúde do Estado; Município de Maceió, Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e HU.
Segundo a coordenadora estadual de Saúde do Trabalhador, Gardênia Santana, a ação visa garantir a qualidade de vida do trabalhador e ainda as obrigações do empregador quanto às condições de trabalho.
“LER/DORT não envolve apenas o setor Saúde, por isso é importante saber o nosso papel, a nossa responsabilidade para com o trabalhador”, ressaltou Gardênia Santana. Ela acrescentou que o Ministério do Trabalho e Emprego (MPE) e a Previdência Social também estão envolvidos no processo, principalmente quando se trata de afastamento do trabalho.
“Muitos trabalhadores têm receio de emitir uma queixa e serem prejudicados no trabalho e até mesmo perder o emprego”, alertou Gardênia Santana. Essa situação reflete, muitas vezes, na automedicação por parte do trabalhador, que passa a esconder os sintomas, apenas procurando o trabalho já para o comunicar o afastamento por falta de condições de continuar nas atividades.
Um exemplo de como estabelecer uma boa relação entre o empregador e o trabalhador aconteceu com a enfermeira Elen Vidal. Ela contou que uma profissional da sua equipe relatou um quadro de dores, o que a fez adotar o seguinte procedimento.
“Encaminhamos a profissional para o setor de Medicina do Trabalho e a recomendação foi afastá-la das atividades que viessem a prejudicar o quadro”, disse.
Por essa razão é importante prevenir e notificar, segundo o técnico estadual da Superintendência de Vigilância em Saúde, Carlos Eduardo Silva. “A gama de problemas relacionada às formas e condições de trabalho devem ser revistas pelo trabalhador e empregador, e ainda serem notificadas pelo Sinam [Sistema de Informação de Agravos de Notificação], visto que a incidência tem sido maior do que o registrado”, informou ele.

Fatores de risco

É preciso atentar às práticas de trabalho e às necessidades do ambiente para garantir a qualidade de vida do trabalhador. Para isso, é necessário observar e rever a carga horária de trabalho excessiva, os riscos ergonômicos que podem gerar danos fisiológicos e psicológicos, e ainda a consciência do repouso com pausas para descanso e alongamento.