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Sesau discute saúde da população negra com entidades de classe

24/02/2015
Sesau discute saúde da população negra com entidades de classe
Secretária Rozangela Wyszomirska durante encontro para ouvir demandas de movimentos sociais (Foto: Carla Cleto)

Secretária Rozangela Wyszomirska durante encontro para ouvir demandas de movimentos sociais (Foto: Carla Cleto)

   Os integrantes de movimentos sociais ligados a diversos segmentos fizeram uma ampla  discussão sobre a política nacional de saúde integral da população negra durante encontro  com a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska.
Ainda na pauta, houve discussões sobre doenças como falciforme, Aids e outras ações voltadas à assistência à saúde.
Durante a reunião, os representantes de diversos segmentos que integram o Conselho Estadual da Igualdade Racial fizeram um relato das condições dos serviços de saúde nos municípios alagoanos, assim como sobre as comunidades quilombolas que ficam afastadas e enfrentam várias dificuldades para manter o tratamento de alguns pacientes, principalmente quando necessitam se deslocar para Maceió.
A representante do Conselho Estadual da Igualdade Racial, Valdice Gomes, relatou o caso de um paciente da comunidade quilombola  Mombaça, na cidade de Traipu, que não tinha transporte para chegar a Maceió, onde faz tratamento uma vez ao mês. “Esse é um segmento invisível nesses municípios em áreas que têm dificuldade de acesso e necessita de uma atenção especial”, frisou.
O professor da Universidade Federal de Alagoas Jorge Riscado afirmou que o encontro tinha como finalidade apresentar o trabalho que vem sendo realizado por diversos setores, junto às populações carentes, como negros, ciganos, povos de matriz africana e outros. Ele destacou que a intenção é trabalhar em parceria com a Sesau e implantar uma política de Estado, que atenda às necessidades.
“Investir em atenção básica, educação e saúde são essenciais”, destacou a secretária Rozangela Wyszomirska, durante o encontro, acrescentando que há casos de doenças antigas como hanseníase, sífilis, tuberculose e outras que poderiam estar controladas, caso houvesse a primeira assistência.
A secretária lembrou que, ao assumir o cargo, já visitou alguns municípios para conhecer a realidade. Rozangela se prontificou a trabalhar em conjunto e solicitou que seja encaminhado um plano para atender à população negra na área da saúde, que será levado a Brasília.