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Preços do boi gordo e do bezerro seguem firmes em 2015
Os preços do boi gordo e dos bezerros devem continuar firmes em 2015, reflexo da redução de animais para abate e da seca de anos anteriores, além da valorização do dólar frente ao Real, que deve favorecer as exportações. Ainda que volte a chover com mais regularidade neste ano, “não há como esperar altas expressivas na oferta de animais para reposição ou prontos para abate em curto prazo”.
A avaliação está no boletim Ativos da Pecuária de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Do lado da demanda, explica o boletim, apesar das projeções de baixo crescimento econômico, não há perspectivas de redução do consumo interno e das vendas externas. “Assim, as expectativas são de continuidade de preços firmes, tanto para o boi gordo como para a reposição”, afirma a publicação.
Segundo o estudo, a seca observada desde 2013 prejudicou não apenas o tempo de engorda dos animais, mas também a taxa de prenhez das matrizes (fêmeas), o intervalo entre partos e o desenvolvimento de bezerros e garrotes, além de, possivelmente, ter contribuído para elevar o índice de mortalidade dos animais. Todos estes fatores influenciaram na restrição dos índices de abate.
Um dos desafios para os pecuaristas é conseguir cobrir os custos totais de produção, que subiu expressivamente em 2014, por conta da valorização dos bezerros. Os animais de reposição responderam por 50% dos custos totais de produção da pecuária de corte em 2014, 10 pontos percentuais a mais do que no ano anterior. Este índice é reflexo da forte alta dos preços dos animais de reposição, que chegou a 35%.
De acordo com o estudo, o Custo Operacional Efetivo (COE), que engloba as despesas diárias na propriedade, e o Custo Operacional Total (COT), que envolve o COE mais a depreciação de patrimônio e o pró labore, fecharam 2014 com altas de 23,72% e 19,99%, respectivamente, variações de mais de 10 pontos percentuais na comparação com 2013. Estas altas foram as terceiras maiores já registradas pelo boletim CNA/Cepea.
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