Geral

Secretária de Estado da Saúde faz pacto com prefeitos do Sertão para combater Dengue e Chikungunya

31/01/2015
Secretária de Estado da Saúde faz pacto com prefeitos do Sertão para combater Dengue e Chikungunya
Foto: Carla Cleto

Foto: Carla Cleto

    Acompanhada por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a titular da pasta, Rozangela Wyszomirska, reuniu os prefeitos e secretários municipais de saúde dos 21 municípios que integram as 9ª e 10ª Regiões de Saúde, e firmou um pacto para enfrentamento da dengue e chikungunya no Sertão de Alagoas. A ação, que ocorreu nessa quinta-feira (29), em Delmiro Gouveia, tem o objetivo de evitar uma epidemia das duas doenças, já que houve aumento dos casos suspeitos na região, a exemplo do que ocorreu em Mata Grande, onde apenas na última semana foram confirmados 67 novos casos de dengue.
O pacto de combate à dengue e chikungunya prevê que os agentes de endemias municipais devem intensificar as visitas domiciliares, visando orientar os moradores sobre a importância de manter limpas as residências. Consta também das atribuições dos gestores municipais, realizar a busca ativa por focos do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue e chikungunya, promover a limpeza dos logradouros públicos, coleta periódica do lixo domiciliar, notificação e multa dos proprietários de terrenos e imóveis abandonados e conscientização da população por meio da mídia, a exemplo de panfletos, rádios, carros e bicicletas de som.
Atuação que, segundo Rozangela Wyszomirska, requer um trabalho integrado por parte dos técnicos municipais da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica, onde os gestores assegurem os insumos necessários, atendimento qualificado e ágil aos pacientes com suspeita das doenças e retaguarda dos exames de detecção. “Para combater a dengue e chikungunya não é necessário grande investimento financeiro, além daqueles que já são realizados com os destinados a Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica. É necessário organização, otimização e estruturação”, defendeu a gestora estadual.

   Apoio Técnico – A secretária informou, no entanto, que desde o aumento do número de casos suspeitos de dengue e chikungunya em Mata Grande, determinou que fossem deslocadas duas equipes da Sesau para o município. Compostas por nove técnicos da Vigilância Epidemiológica, elas estão monitorando os pacientes que apresentam dos sintomas das doenças, orientando e capacitando os técnicos municipais a como proceder diante do aumento de casos notificados e confirmados, além de disponibilizar suporte de fumacê e retaguarda para exames de diagnóstico, por meio do Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL).
Rozangela Wyszomirska alertou que 70% das ações de prevenção contra o Aedes aegypti são de responsabilidade da população, que não deve tampar as caixas de água, limpar os quintais e calhas, além de não cultivar plantas aquáticas nas residências. No entanto, é necessário que os gestores municipais possam investir na conscientização, informando a todos sobre a prevenção, sintomas e tratamento da dengue e chikungunya, que podem levar à morte.
“Os prefeitos terão o nosso apoio nas ações, mas é necessário promover mutirões para alertar os moradores, além de executarem as atividades que são atribuição dos gestores municipais. Já sabemos que os casos de dengue aumentaram e há um risco grande de introdução da chikungunya em Alagoas, por meio de cidades do Sertão que fazem limite com a Bahia e Pernambuco, onde já foram confirmados casos da doença, que apesar de menos letal do que a dengue, pode provocar óbito”, salientou a secretária de Estado da Saúde.

    Dados – Ainda durante a reunião com os prefeitos e secretários municipais de saúde do Sertão, a gestora estadual da saúde apresentou um panorama sobre a situação da dengue em Alagoas. De acordo com o último Boletim Epidemiológico da Sesau, em 2013 foram notificados 15.870 casos, contra 16.756 do ano passado, o que mostra um aumento de 5,58% no percentual de detecção e evidencia que há tendência de aumento para 2015.
A titular da pasta da saúde informou que, 35 dos 102 municípios alagoanos apresentaram casos suspeitos da dengue este ano e que 30 municípios estão em situação de risco de surto, 33 estão em situação de alerta e 39 em situação satisfatória. “Mas é necessário ficar vigilante a sintomas como náuseas, vômitos, manchas avermelhadas e dores pelo corpo”, que podem ser sinais da dengue ou chikungunya e requerem que o paciente procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou Ambulatório 24 Horas.