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Defensora pública pede Medida Protetiva de Urgência em caso de violência doméstica

29/01/2015
Defensora pública pede Medida Protetiva de Urgência em caso de violência doméstica

   violencia2 A defensora pública do município de Rio Largo, Patrícia Barbosa, deu entrada em um pedido de Medida Protetiva em favor de Rosilene Maria dos Santos, 19. A jovem sofria recorrentemente com agressões físicas e verbais proferidas por seu marido. Carlos Fabrício Brás dos Santos foi denunciado por sua esposa na sala da Defensoria, localizada no Fórum de Rio Largo; não satisfeito com os ataques em casa, quis agredi-la dentro da unidade, sendo detido em seguida pela Polícia Militar.
“Tomei a decisão de procurar a Defensoria porque na noite anterior fui agredida por ele, mas como ele não me deixa sair de casa sozinha tive de mentir e dizer que ia ao Fórum para saber da pensão do meu filho. Quando ele soube o que fui fazer de verdade ficou furioso”, explicou Rosilene dos Santos.
O caso da jovem riolarguense chama atenção porque ainda são poucas as mulheres que procuram a Defensoria com intuito de pedir auxílio em situação de violência doméstica. “Mesmo com a possibilidade de proteção, poucas mulheres procuram a Defensoria na comarca. Normalmente, elas nos procuram para falar sobre pensão ou pedir divórcio. E durante o desenrolar do processo descobrimos que ela é vítima de violência. E, mesmo assim, ainda preferem não denunciar”, contou a defensora pública.
Para a ela, o medo é o motivo do silêncio das vítimas. “A maior parte das mulheres agredidas são dependentes emocional e financeiramente de seus companheiros, sofrem ainda pressão por parte da família para não denunciar. Se não bastasse estes fatores, há o medo da justiça falhar e eles se vingarem delas”, acrescentou Patrícia Barbosa.