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Sesau inicia semana de luta contra a tuberculose no próximo dia 17

13/11/2014
Sesau inicia semana de luta contra a tuberculose no próximo dia 17

Coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose, Ivete Tenório, ressalta que o abandono do tratamento pelo paciente deve ser uma preocupação das unidades de saúde

Coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose, Ivete Tenório, ressalta que o abandono do tratamento pelo paciente deve ser uma preocupação das unidades de saúde

   A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realiza, entre os dias 17 e 21 deste mês, ações em referência ao Dia Nacional de Luta Contra a Tuberculose, na capital e no interior. Estão estimados para este ano em Alagoas 1.245 casos novos e 569 já diagnosticados no primeiro semestre, sendo a interrupção do tratamento por parte do paciente uma preocupação para as autoridades competentes. O Ministério da Saúde (MS) preconiza ainda uma tolerância de abandono igual ou menor a 5% e em Alagoas o índice é de 11%.
A informação é da Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). De acordo com a titular deste setor, Ivete Tenório, o tratamento da doença é padronizado pelo MS e todas as unidades de saúde dos municípios alagoanos estão aptas a fazê-lo, por meio da distribuição gratuita de quatro tipos de antibióticos específicos para a enfermidade.
“Pelo menos 85% das tuberculoses são pulmonares e o tratamento requer um período de seis meses. Somente 15% são extra-pulmonares”, alerta a técnica, acrescentando que em 2013 o Estado registrou seis óbitos por causa desta patologia e os números de 2014 serão contabilizados no fim do ano. Ivete Tenório ressalta que o abandono do tratamento pelo paciente deve ser uma preocupação das unidades de saúde que, na opinião dela, têm de acompanhar o tratamento e visitá-lo quando ele deixar de pegar o medicamento nos postos.
“A Atenção Básica deve acolher o paciente e orientá-lo sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e, sobretudo, que não deve deixá-los somente porque está se sentindo melhor, mas ao fim dos seis meses, já que o bacilo só morre com este tempo de tratamento”, destacou Ivete, lembrando que os sintomas da doença incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre vespertina, emagrecimento, astemia e pode ocorrer sangue no escarro.
Ivete Tenório ressaltou ainda a importância dos profissionais da saúde fazerem diagnóstico precoce e exames nas pessoas que mantêm contato com os pacientes com tuberculose. “Só assim conseguiremos controlar esse mal que causa tanto prejuízo à qualidade de vida das pessoas”, disse.

    Programação – Para advertir a população sobre a doença, as unidades de saúde da capital e demais municípios vão desenvolver ações em salas de espera, busca ativa de novos casos e resgate dos pacientes que abandonaram o tratamento. No dia 17, das 10h às 16h, a Sesau montará uma tenda para atendimento no calçadão da Rua do Comércio.
No local, a população terá acesso à informação sobre os principais sintomas da doença, tratamento, acompanhamento do paciente e distribuição de folhetos explicativos. As ações têm a parceria das Secretarias Municipais de Saúde, por meio das equipes do Programa de Vigilância e Controle da Tuberculose.
Para a coordenadora do Programa da Sesau, a doença é um sério problema de saúde pública e está mais associada às más condições de vida da população, com muitos casos nas favelas, ruas, presídios e entre os portadores de Aids.
Do total de casos de tuberculose registrados no Estado, 45% são de Maceió. Em Alagoas, os municípios com maior incidência são Arapiraca, Coruripe, Delmiro Gouveia, Maceió, Marechal Deodoro, Palmeira dos índios, Penedo, Pilar, Rio Largo, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela e União dos Palmares.
As unidades de referência para tratamento da doença na capital são o Hospital Universitário, Hospital Escola Hélvio Auto e II Centro de Saúde. No Agreste, o paciente pode procurar o Centro de Referência Integrado (Cria), localizado em Arapiraca.