Alunos foram premiados pelos textos produzidos em diversos gêneros (Foto: José Demétrio)

   Cento e vinte alunos dos 7º e 8º anos do Ensino Fundamental de escolas públicas de todo país, acompanhados de respectivos professores, participaram nesta quarta-feira (5) à noite, no auditório do hotel Ritz Lagoa da Anta, em Cruz das Almas, da cerimônia para anúncio dos 38 finalistas da categoria “Memórias Literárias” da Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP) Escrevendo o Futuro. Os 38 selecionados participarão da grande final da olimpíada, em Brasília, no mês de dezembro.
Uma ação do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Fundação Itaú Social, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é coordenada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Canal Futura, premiando textos produzidos por alunos de escolas públicas de todo o país nos gêneros “Poema”, “Memórias”, “Crônica” e “Artigo de Opinião”, além de promover a formação de professores da rede pública.
Dentre os 38 classificados está Vitória Vieira dos Santos, aluna da Escola de Ensino Fundamental Marieta Leão, de Rio Largo. Ela é autora do relato “Uma história passada a limpo”, orientada pela professora Jacira Maria da Silva, e segue para a etapa final, que acontece em dezembro deste ano, em Brasília. Além disso, a professora Nadja Siqueira dos Santos foi premiada na categoria Relatos de Prática.
Presente à cerimônia, a secretária de Estado da Educação e do Esporte, Stella Albuquerque, destacou a importância do evento para o fortalecimento das práticas pedagógicas e parabenizou os alunos alagoanos pelo resultado alcançado. Ela também agradeceu à iniciativa da Fundação Itaú Social, ressaltando também a importância das instituições envolvidas – MEC, União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), para o fortalecimento e sucesso desta ação.
“Momentos como este são importantes pelo reconhecimento da prática pedagógica do professor, valorização das experiências e, acima de tudo, pelo reconhecimento dos nossos talentos alagoanos na educação. Gratificante observar a felicidade dos alunos e professores pela conquista. É, sem dúvida, um estímulo aos nossos jovens”, declarou.
Para a coordenadora estadual da Olimpíada e representante do Consed na ocasião, Magda Torres, Alagoas teve excelentes produções, que ainda poderão ser utilizadas em sala de aula. “Os alunos alagoanos se saíram muito bem e conseguimos produzir um acervo riquíssimo, que ficará à disposição para utilização em formações, oficinas e nas práticas em sala de aula. Os textos ficarão na Secretaria de Educação e poderão ser solicitados a qualquer momento”, explica.
A cerimônia contou ainda com uma homenagem a Maria Pankararu, educadora que foi entrevistada pelos jovens durante as oficinas de produção de texto, que serviu de inspiração para os relatos elaborados pelos jovens na segunda e na terça-feira. Índia da comunidade Pankararu, no Alto Sertão de Pernambuco, Maria se naturalizou alagoana e ganhou destaque nacional em 2006 ao se tornar a primeira mulher indígena no Brasil a ser doutora com sua pesquisa na área de Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Homenageada pelos alunos, ela cantou uma das cantigas de sua tribo, emocionando os presentes.

   Destaques Alagoanos

Os alunos alagoanos que concorreram na categoria foram Julio Feitosa de Oliveira, da Escola de Ensino Fundamental Alice Oliveira Santos, de Água Branca, orientado pela professora Nadja Siqueira dos Santos; e Vitória Vieira dos Santos, da Escola de Ensino Fundamental Marieta Leão, de Rio Largo, com o relato “Uma história passada a limpo”, orientada pela professora Jacira Maria da Silva, classificada para etapa final, que acontece em dezembro deste ano, em Brasília.
Além dos estudantes, sete professores foram premiados na noite de ontem por seus relatos de práticas. Entre eles a alagoana Nadja Siqueira dos Santos, com o título “Minhas memórias de prática”, também premiada na mesma categoria na semana passada, durante a classificatória da categoria Poemas.
Emocionada pela sequência de emoções vividas nos últimos dias, visto que também foi premiada com a classificação do aluno Willas Soares de Araújo, seu orientando, na categoria Poemas, com o título “Terra adorada, Tingui”, a docente descreveu a importância da premiação. “Não tenho palavras para descrever tanta emoção. Ainda não estou acreditando que tudo deu certo. Preparar um relato é algo muito difícil. Para mim, este reconhecimento é um grande troféu”, declarou emocionada.

 Próximas etapas

Realizado a cada dois anos, o concurso de produção de textos é dividido nas categorias Poema (para alunos do 5º e 6º ano do Ensino Fundamental), Memórias (voltado para os estudantes do 7º e 8º anos do Ensino Fundamental), Crônicas (alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio) e Artigo de Opinião (estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio).
Nos próximos dias, serão realizadas as etapas regionais da OLP nas categorias “Crônica”, no período de 10 a 13 deste mês, em Porto Alegre, e “Artigo de Opinião”, no período de 17 a 20, em Brasília, onde também acontece a final,  em dezembro, reunindo as quatro categorias.