Geral
Fórum discute estratégias para redução de doenças não transmissíveis
Os coordenadores municipais da promoção da saúde, vigilância epidemiológica e atenção básica participaram nesta quinta-feira (6), do I Fórum de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANTs), no Hotel Jatiúca. A iniciativa teve o objetivo de apresentar para os 102 municípios os dados sobre as doenças, visando à implementação de políticas públicas e definição de estratégias para o enfrentamento da situação no Estado.
A coordenadora das DANTs, Mônica Dâmazo, afirmou que as doenças não transmissíveis estão diretamente ligadas ao sedentarismo e alimentação inadequada. Entre as que mais preocupam as autoridades competentes estão o diabetes, hipertensão, as de origem circulatória e respiratória. “O fórum tem o propósito de conscientizar os técnicos dos municípios sobre a importância das notificações, informações sobre as doenças e agravos para definir melhor as ações de enfrentamento”, destacou.
O diretor de Análise da Situação de Saúde, Herbert Charles Barros, ressaltou que entre as doenças não transmissíveis que mais matam a população no mundo estão, em primeiro lugar, as do aparelho circulatório, a exemplo do infarto. Em segundo, estão os cânceres (como os de mama, colo de útero, de próstata e outros).
De acordo com ele, mais de 50% dos óbitos em Alagoas são provocados por doenças do aparelho circulatório. “No passado, as doenças transmissíveis eram as que mais matavam, mas precisamos repensar o modelo de atenção básica, que deve ser focado hoje também nas doenças crônicas não transmissíveis, a exemplo do câncer, diabetes, hipertensão, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOS), transtornos mentais (esquizofrenia), entre outras. Estas são mais persistentes”, reforçou Charles.
Agravos
No tocante aos agravos, Charles explica que são todos os danos à saúde mental, física, social e que não são considerados doenças, a exemplo dos homicídios e acidentes de trânsito. “Os técnicos e gestores dos municípios precisam compreender o impacto que as doenças não transmissíveis provocam na qualidade de vida da população, o alto custo financeiro para os municípios, e incorporarem na prática profissional estratégias de prevenção da saúde”, salienta.
Charles lembra o papel relevante das equipes do Programa Saúde da Família (PSF) que, diferentemente do passado, podem ir até os usuários sem esperar que eles se dirijam às unidades de saúde. “A população também precisa entender que é promotora da própria saúde e não pode delegar apenas ao médico esta responsabilidade”, reforçou.
Para chamar a atenção dos técnicos dos municípios sobre a temática, a dupla teatral Naéliton Santos e Marcos Wanderley, de forma lúdica, descontraiu a plateia com a peça Situação Crônica. Participaram ainda do evento a superintendente de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto, a diretora de Atenção Básica, Cláudia Cerqueira, entre outros profissionais da saúde.
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