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HGE realiza cirurgia de aneurisma de aorta e salva vida de paciente

05/11/2014
HGE realiza cirurgia de aneurisma de aorta e salva vida de paciente
Paciente Lindomar Lourenço se tornou o primeiro paciente a realizar tratamento endovascular de aneurisma de aorta torácica, procedimento também inédito no HGE; abaixo cirurgião Cézar Ronaldo Alves, coordenador da área vascular e um dos responsáveis pelo procedimento cirúrgico no hospital (Fotos: Carla Cleto)

Paciente Lindomar Lourenço se tornou o primeiro paciente a realizar tratamento endovascular de aneurisma de aorta torácica, procedimento também inédito no HGE; abaixo cirurgião Cézar Ronaldo Alves, coordenador da área vascular e um dos responsáveis pelo procedimento cirúrgico no hospital (Fotos: Carla Cleto)

    Lindomar Lourenço dos Santos tem 38 anos e muita história para contar. Ele foi o primeiro paciente a realizar o tratamento endovascular de aneurisma de aorta torácica, um procedimento inédito no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo o paciente, há 30 dias ele vinha sentindo fortes dores nas costas, sem motivo aparente.
“Apesar de ser mecânico, nada justificava as dores que sentia, eram terríveis. Foi quando notei um volume nas costas, um caroço grande, fato que me fez procurar assistência de saúde no município que resido,  em Arapiraca”, relatou.
Segundo o cirurgião Cézar Ronaldo Alves, coordenador da área vascular e um dos responsáveis pelo procedimento cirúrgico no hospital, Lindomar fez ultrassom com diagnóstico de abscesso na unidade hospitalar que estava.  “Ele chegou ainda a entrar em cirurgia, mas, graças a Deus, o cirurgião incisou a pele e parou, pois observou que não se tratava de abscesso. O paciente tinha um aneurisma gigante e muito complexo”, informou Cézar Ronaldo.
Transferido para o HGE, com urgência, Lindomar Lourenço realizou uma tomografia que confirmou o diagnóstico de aneurisma de aorta torácica e, após todos os exames pré-cirúrgicos, foi realizado o procedimento. “Fizemos uma correção endovascular do aneurisma, sem intercorrências. Caso a transferência dele não fosse realizada, ficaria inutilizado, sem poder fazer qualquer tipo de esforço, sem acompanhamento e morreria por ruptura do aneurisma, sem tempo hábil de chegar ao sistema de saúde, a chamada morte súbita pós- dor torácica”, explicou Cézar Ronaldo.
Segundo o especialista, a prática trata-se de uma técnica cirúrgica desenvolvida na área vascular com o objetivo de minimizar as vias de acesso a determinados vasos, necessárias à resolução de problemas vasculares complexos.
“É uma cirurgia por dentro dos vasos, minimamente invasiva. No procedimento endovascular não é necessária a abertura ampla para a realização da cirurgia. A anestesia geral pode ser substituída por uma sedação ou uma raquianestesia, trazendo, consequentemente, menos complicações no pós-operatório”, explicou o médico.
O Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do HGE funciona na Unidade Hospitalar Especializada Irmã Dulce. O serviço atua no diagnóstico e tratamento de doentes que apresentam problemas na circulação arterial, venosa e ou linfática. Atualmente, realiza angiografias diagnósticas e cirurgias endovasculares, com procedimentos minimamente invasivos. Todos com cobertura do SUS.