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Município do semiárido baiano terá curso federal de medicina

22/10/2014
Município do semiárido baiano terá curso federal de medicina

 curso-medicina-bahia.jpg   O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou, nesta quarta-feira (22), em Vitória da Conquista (BA), da cerimônia de apresentação do novo curso de medicina que a Universidade Federal da Bahia (UFBA) está criando na cidade. Durante o evento, foi apresentado o projeto pedagógico do curso, que contará com 80 vagas e está com o início previsto para o segundo semeste de 2015.
“Fiquei encantado com a apresentação do programa pedagógico da universidade. Nosso maior desafio hoje não é só formar mais profissionais, mas sim formar médicos com perfil mais humanista”, avaliou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O campus da UFBA de Vitória da Conquista abrange outras graduações em saúde – biotecnologia, ciências biológicas, enfermagem, farmácia e nutrição –, e passou por processo de ampliação para receber o novo curso de medicina. Uma comissão especial do Ministério da Educação (MEC) iniciará um acompanhamento da implantação do curso, avaliando o projeto pedagógico e a estrutura. A formalização do curso está prevista para o primeiro semestre de 2015, quando se iniciarão os procedimentos de seleção do corpo docente.
As oportunidades de graduação em medicina que estão sendo criadas fazem parte das ações estruturantes do Programa Mais Médicos. As medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil de residência médica, com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.
“Hoje já existem diversos estudos que mostram que o principal fator de fixação de médicos numa região são as vagas em residência. Por isso é fundamental que o município de Vitória da Conquista, junto com a universidade e o governo do estado, já prevejam as vagas de residência nas áreas em que a região mais precisa”, afirmou o ministro.
Além das vagas em universidades públicas, também estão sendo criadas vagas em instuições privadas. Em setembro, o Governo Federal anunciou 39 municípios selecionados para receber novos cursos de medicina, sendo seis deles na Bahia: Guanambi, Juazeiro, Alagoinhas, Eunápolis, Itabuna e Jacobina. A seleção dos locais levou em conta a necessidade social do curso, bem como a estrutura da rede de saúde para realização das atividades práticas, e a capacidade para abertura de programa de residência médica. O próximo passo é a seleção das instituições de ensino responsáveis pela implantação dos cursos, a ser lançada por meio de edital até o final deste ano.

    MAIS MÉDICOS – O Programa parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Em conjunto com a ampliação das vagas de medicina, o Programa também trouxe médicos para atender a demanda imediata apontada pelas prefeituras, disponibilizando 14.462 profissionais para 3.785 municípios e para os 34 distritos indígenas, expandindo o atendimento em saúde para 50 milhões de brasileiros.
“O Programa Mais Médicos veio para enfrentar um problema crítico. Não dava mais para continuar dizendo que a Atenção Básica é prioridade no Sistema Único de Saúde, quando a gente não conseguia ter uma equipe de saúde da família completa, com médicos e os demais profissionais, nos locais onde os brasileiros mais precisavam”, ressaltou o ministro.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes. Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil, bem como obras, reformas e ampliações em Unidades Básica de Saúde (UBS).