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Neymar é novo capitão da Seleção Brasileira

05/09/2014
Neymar é novo capitão da Seleção Brasileira

Para Dunga, a braçadeira dada ao jogador não significa que Neymar seja "o líder" da equipe

Para Dunga, a braçadeira dada ao jogador não significa que Neymar seja “o líder” da equipe

  Nesta quinta-feira (4), o técnico Dunga confirmou, durante coletiva de imprensa, o nome de Neymar como capitão da Seleção Brasileira. “O Neymar gosta de desafio e gosta de vencer. Esses são dois requisitos que todo capitão deve ter”, disse o técnico. A Seleção enfrenta nesta sexta (5) a equipe da Colômbia, em partida amistosa no estádio Sun Life, em Miami, nos Estados Unidos.
Para Dunga, no entanto, a braçadeira dada ao jogador não significa que Neymar seja “o líder” da equipe. “A Seleção precisa de ter vários jogadores com característica de liderança além do capitão”, declarou.

    Recomeço

Passado o vexame dos últimos jogos na Copa do Mundo de 2014, a Seleção Brasileira quer recuperar o ânimo para dar início à caminhada rumo ao Mundial da Rússia, em 2018. Nesta sexta (5), às 22h, a única equipe pentacampeã do mundo volta a campo na tentativa de conquistar uma vitória e recuperar o prestígio perdido após os 7 a 1 diante da Alemanha.
O desafio não será fácil. Se o lado canarinho pode contar com craques como Neymar e David Luiz, os colombianos têm Falcão García e James Rodríguez, artilheiro do Mundial, com cinco gols.
Será o primeiro compromisso de Dunga em sua segunda passagem pela Seleção. O capitão do tetra assumiu a equipe após a saída de Luiz Felipe Scolari, prometendo mesclar jovialidade e experiência, uma vez que a equipe montada por Felipão foi criticada por ter apenas jogadores jovens.
Será também a primeira partida do Brasil após a sequência de duas goleadas sofridas no Mundial: 7 a 1 para a Alemanha na semifinal e 3 a 0 para a Holanda na disputa do terceiro lugar. Será também o reencontro de Neymar e Zúñiga. Uma falta cometida pelo colombiano tirou o brasileiro da Copa.
Dunga, no entanto, afirmou que não pretende recomeçar o trabalho do zero. “Não precisamos fazer dessa Copa do Mundo terra arrasada, há coisas que podem ficar”, disse durante sua apresentação, em julho. Prova disso é que, dos 22 atletas convocados para os amistosos nos Estados Unidos, dez disputaram o Mundial: o goleiro Jefferson, o zagueiro David Luiz, os laterais Maicon e Marcelo, os meias Luiz Gustavo, Fernandinho, Ramires, Oscar e Willian e o atacante Neymar.
Outros nove convocados já vestiram a amarelinha, mas não estiveram entre os relacionados por Felipão para a Copa de 2014. São eles: o goleiro Rafael Cabral, os zagueiros Marquinhos e Miranda, os laterais Filipe Luís e Danilo, o meia Elias e os atacantes Philippe Coutinho, Diego Tardelli e Robinho. Este último é o jogador mais experiente do grupo. Convocado pela primeira vez em 2003, o atleta do Santos esteve no Mundial de 2006 e foi um dos destaques da Seleção de Dunga na Copa de 2010.
A renovação da equipe fica por conta de três jogadores nunca antes relacionados. O zagueiro Gil, de 27 anos, o meia Everton Ribeiro, de 25 anos e o atacante Ricardo Goulart, de 23 anos. Todos eles atuam no Brasil. O primeiro joga no Corinthians, enquanto os outros dois pertencem ao Cruzeiro.
Diferente do Brasil, a Colômbia foi uma das sensações da Copa. A equipe do técnico José Pékerman conseguiu, pela primeira vez na História, chegar às quartas de final da competição, onde foi eliminada pela Seleção Brasileira, com um placar apertado de 2 a 1. O time também teve o artilheiro do Mundial, o meia James Rodríguez, que, inclusive, marcou um dos gols mais bonitos do torneio, diante do Uruguai. Para o amistoso desta sexta, a seleção da Colômbia terá ainda a volta do craque Radamel Falcao García, que não disputou a Copa por conta de uma lesão.
O jogo desta sexta-feira (5) deve servir para o técnico avaliar as dificuldades que enfrentará durante as eliminatórias da Copa de 2018.

    Histórico

Brasil e Colômbia já se enfrentaram 26 vezes e a Seleção Brasileira leva vantagem. Foram 16 vitórias e apenas duas derrotas. A última delas aconteceu há 23 anos, pela primeira fase da Copa América de 1991. O retrospecto recente, no entanto, mostra que o confronto tem se tornado equilibrado. Das últimas cinco partidas, quatro terminaram empatadas.