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Morre aos 92 anos a cantora Marlene
A cantora Marlene morreu nesta sexta-feira (13), no Rio de Janeiro, por volta das 15h. A grande estrela da era do rádio no Brasil se chamava Victória Delfino dos Santos e tinha 92 anos. O velório será no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, neste sábado (14), a partir das 8h.
De acordo com o músico e compositor Hermínio Bello de Carvalho, Marlene foi hospitalizada há pelo menos três dias e estava internada na Casa de Portugal, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. Ela morreu de falência múltipla dos órgãos.
O sobrinho da cantora, Darcio Miranda, informou que ela foi hospitalizada com hemorragia nasal neste domingo (8), mas o quadro evoluiu para uma pneumonia. Marlene chegou a ser internada, mas veio a ter falência múltipla dos órgãos nesta sexta.
Tendo gravado mais de quatro mil canções em sua carreira, Marlene foi um dos maiores mitos do rádio brasileiro em sua época de ouro. Sua popularidade nacional também resultou em convites para o cinema e para o teatro. Suas atividades internacionais incluíram turnês por Uruguai, Argentina, Estados Unidos e França. Também compositora, teve seu samba-canção “A grande verdade” (parceria com Luís Bittencourt) gravado por Dalva de Oliveira, em 1951.
Rivalidade
De acordo com Hermínio Bello de Carvalho, Marlene e cantora Emilinha Borba trabalhavam na Rádio Nacional e eram concorrentes. Uma empresa decidiu bancar Marlene e a rivalidade entre as duas foi acirrada. A rivalidade afetou também a amizade com a atriz, cantora e acordeonista Adelaide Chiozzo.
“Eu gostava muito dela como artista. Mas infelizmente ela dizia que eu tinha a cara escarrada da Emilinha. Ela tinha ódio da Emilinha. Eu fiquei triste. Ela dizia que não queria amizade comigo, tentei me aproximar, mas ela não quis”, disse a também cantora da era do rádio, Adelaide Chiozzo.
Na televisão
Marlene participou de novelas como “Chiquinha Gonzaga” (1999), “Viver a vida” (1984), “O amor é nosso …. Mayra” (1981), “Bandeira 2” (1971). Também foi convidada para uma participação especial na telenovela “Helena” (Rede Manchete, 1987), mas o trabalho acabou não se concretizando.
No cinema
Participou de filmes como “Profissão mulher” (1982), “A volta do filho pródigo” (1978), “Balança, mas não cai” (1953), “Pif-Paf …. Maria” (1945) e “Corações sem piloto” (1944).
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