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Moradores das Batingas se recusam a fazer cadastro da prefeitura de Palmeira
Uma comissão formada por representantes do governo municipal de Palmeira dos Índios, que tem como gestor James Ribeiro, e alguns vereadores, foram na manhã desta quarta-feira (04), até a comunidade localizada no povoado Batingas para tentar fazer o cadastramento das famílias existentes e tentar resolver, mais uma vez, o embate que envolve a construção do polo industrial e o futuro das famílias que moram há vários anos naquela localidade.
Contudo, de acordo com o que foi passado pela vereadora Sheila Duarte (PT), a maioria das pessoas não aceitou fazer o cadastro, devido ao primeiro contato “desastroso” feito pela procuradora do município Sinair Porto. E, ao contrário do foi divulgado no site oficial da prefeitura, onde foi dito que o processo de avaliação social e cadastro das famílias foi realizado, a situação está longe de ser resolvida.
“Eu e mais alguns vereadores acompanhamos esta ação da prefeitura, e vimos que as pessoas ainda estão amedrontadas. A prefeitura não conseguiu fazer com que as pessoas assinassem o cadastro. Isso não irá interferir no levantamento que será feito, contudo, a atitude mostra a falta de confiança e o pior, a rejeição provocada pela atitude da procuradora”, afirmou a vereadora.
Duarte disse ainda que aproveitou a oportunidade e solicitou que as pessoas informassem as suas necessidades e de como a ação interferiu no cotidiano das famílias que habitam no lugar há vários anos.
“Pedi que eles passassem toda informação necessária, e aproveitasse a oportunidade que o município estava dando para ouvi-los. Comigo eles conversam abertamente, já com o pessoal da prefeitura eles estão receosos”. disse Sheila.
A vereadora informou ainda que sugeriu a doação de um terreno para abrigar essas famílias, ou a ida dessas pessoas para o loteamento Marluce Cordeiro, localizado na Vila João XXIII, contudo, a última opção tem o mesmo embate das casas do programa Minha casa Minha Vida, do governo federal, o qual existem vários requisitos que devem ser preenchidos para que, após o sorteio, as pessoas sejam contempladas.
“Precisamos encontrar uma saída que atenda as pessoas imediatamente. Não podemos deixar que elas vivam dessa maneira, com a incerteza do que acontecerá com elas. Iremos até o fim ao lado delas. Lembrando que, não sou contra o polo, nunca fui. Estou preocupada com a assistência necessária para essas famílias”, finalizou Sheila Duarte.
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