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Alagoas investe em genética e fortalecimento da produção de leite
O programa tem como objetivos melhorar geneticamente o rebanho alagoano, por meio da inseminação in vitro; criar uma classe profissional de pequenos e médios empresários rurais, com aumento na oferta de leite a ser fornecido para as indústrias de laticínios de Alagoas, de forma sustentável, melhor uso da terra; aumento da produtividade do rebanho e na rentabilidade do produtor.
Este mês, técnicos da empresa In Vitro Brasil vão se instalar em Alagoas para dar início às ações, junto com a Nordeste In Vitro.
“A ideia é já começar a manter contato com produtores e mostrar o que é o programa, como funciona e quais os benefícios. Pretendemos já em julho começar as inseminações”, disse Antonio Carlos, diretor comercial na América Latina da IVB.
Durante os próximos três dias serão realizadas reuniões com produtores de Batalha, Olho D’Água das Flores e Santana do Ipanema, para apresentar o programa.
Alagoas é o sexto maior produtor de leite do Nordeste e o 18º do Brasil. A produção de leite no Estado está acima da média nacional e 98% dos agricultores que trabalham com produção leiteira estão há mais de 10 anos na atividade.
“Estes dados mostram que o Estado tem tradição na pecuária do leite e isso facilita a implantação de um programa que visa o melhoramento genético. Vamos trazer genética boa, beneficiar o produtor e implantar políticas tecnicamente viáveis para desenvolver o setor leiteiro”, complementou Hibernon Cavalcante, superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri.
Pelo programa serão mil prenhezes de gado Girolando este ano e dois mil prenhezes no ano que vem. Para participar o produtor precisa atender a alguns critérios, como fornecer vacas e novilhos aptos para receber embrião, ter compromisso com o programa e cumprir as orientações da assistência técnica e pagar a contrapartida de R$ 222,60. Ou seja, pelo programa, o produtor terá acesso aos embriões implantados em suas matrizes, e só pagará por isso 20% do valor, os outros 80% serão responsabilidade do Sebrae Alagoas e da Seagri. O valor do serviço custa em média R$ 2 mil, por prenhês garantida e com genética de qualidade.
“Isso vai nos permitir beneficiar desde o pequeno produtor, que de repente não teria acesso a este serviço, como aos mais desenvolvidos, fortalecendo o cenário genético do Estado como um todo”, comentou Ronaldo Moraes, diretor técnico do Sebrae Alagoas.
Das mil prenhezes, 800 já foram vendidas. “O programa mal começou e já estamos com quase 100% das prenhezes comercializadas. Isso prova o entusiasmo dos produtores e envolvidos em fomentar a cadeia produtiva do leite no Estado”, disse Carlos Henrique Soares, secretário adjunto de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
Nesse primeiro momento, a In Vitro está indo a campo em busca de produtores interessados. Os produtores que quiserem participar preenchem um cadastro e assinam a proposta. Após o pagamento efetuado, será gerada uma autorização de entrega para início dos trabalhos de consultoria da In Vitro.
“Este sem dúvida é mais um programa que irá oferecer mais dignidade ao homem do campo, por meio da geração de renda e da oportunidade de agregar valor ao produto local. Graças ao empenho da nossa equipe e à confiança do governador do Estado Teotonio Vilela e do vice Thomaz Nonô estamos conseguindo criar um cenário favorável ao fomento da agropecuária do nosso Estado”, finalizou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior.
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