Geral
Projeto de estudantes ajuda a reduzir poluição do São Francisco
Uma ideia simples, mas de resultado surpreendente: evitar que bilhões de litros de água sejam contaminados. O projeto “Práticas sustentáveis a partir do óleo de cozinha”, desenvolvido pelos estudantes Fabiana Costa Santos e Edyelson Xavier Ferreira, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), é a prova de que uma iniciativa aliada à pesquisa pode transformar algo prejudicial ao meio ambiente em produtos de consumo sustentável.
Diariamente, uma quantidade significativa de óleo utilizado para fritura escorre pelos ralos das pias de casas, hotéis, bares e restaurantes. O destino: o esgoto que corre pelas ruas e despeja direto, sem nenhum tipo de tratamento, nos rios e riachos, ou se infiltra no solo.
Na cidade de Penedo, município onde Fabiana e Edyelson moram e estudam, o líquido gorduroso vai parar no Rio São Francisco. Preocupada com o dado alarmante de que um único litro de óleo é capaz de contaminar 20 mil litros de água, a estudante, quando ainda estava no segundo ano do curso Médio Integrado – Meio Ambiente do Ifal decidiu que teria de encontrar alguma solução para evitar que tanto óleo fosse despejado no Velho Chico e poluísse o rio ainda mais.
Após muita pesquisa e estudo, ela descobriu que o óleo inutilizável servia como matéria-prima para produtos de higiene e limpeza, como sabonetes, sabão e detergente. “Pesquisei bastante e descobri uma solução, aparentemente, simples. O projeto tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o mal que o descarte incorreto do óleo pode causar ao nosso rio”, afirmou Fabiana.
Para chamar a atenção dor moradores de Penedo e tornar o projeto ainda mais conhecido, na última quinta-feira (15), a estudante e os amigos, responsáveis pela pesquisa, organizaram um evento na cidade. Durante todo o dia, técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estiveram na Escola Municipal de Educação Básica Manoel Soares de Melo e realizaram duas gincanas ambientais com os estudantes. Cerca de 150 alunos participaram dos jogos ambientais durante a manhã e tarde. Uma das provas da gincana é arrecadar garrafas plásticas, chapas de ultrassonografia, pilhas, baterias e o óleo de cozinha, que são encaminhados a locais que dão o destino apropriado a estes poluentes.
Outra etapa da programação das atividades realizadas na quinta-feira foi a entrega de toneis em dois supermercados e na sede do campus do Ifal. Os recipientes servirão de depósito para o armazenamento do óleo de cozinha que será transformado nos materiais de limpeza. “Precisamos chamar a atenção das pessoas. Nossa ideia é disponibilizar estes locais de coleta para que os moradores possam descartar o óleo sem jogá-lo no ralo para evitar a contaminação do rio”, explicou Fernanda.
Fabiana e os amigos pretendem agora montar uma pequena empresa no ramo de fabricação dos produtos de higiene e limpeza.
Mais lidas
-
1LITORAL NORTE
Incêndio de grande proporção atinge Vila Porto de Pedras em São Miguel dos Milagres
-
2DEMARCAÇÃO EM DEBATE
Homologação de terras indígenas em Palmeira dos Índios é pauta de reunião entre Adeilson Bezerra e pequenos agricultores
-
3SAÚDE
Lady Gaga em Copacabana: Artista usa Yoga para tratar condição que fez cancelar show no Brasil em 2017
-
4ACIDENTE
Condutor desvia de animal e colide com mureta na AL-115 em Palmeira dos Índios
-
5PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Mesmo com nova gestora, a prefeita Luiza, 19 dos 24 secretários devem permanecer na prefeitura; veja a lista