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Caos na Saúde de Palmeira dos Índios é revelado em relatório do SINDPREV
Não adiantou para os servidores os mais de 60 dias de fome e vigília defronte a prefeitura de Palmeira dos Índios, reivindicando direitos trabalhistas sorrateiramente retirados pelo Poder público municipal.
Pelo menos até agora, mesmo passado oito meses após a intermediação do Ministério Público (o fiscal da lei) e deputados (tanto do lado que apoia o prefeito, leia-se Edval Gaia Filho (PSDB) e do lado oposicionista, leia-se Judson Cabral, do PT), nada até agora foi garantido de real para os servidores da saúde que ainda penam em busca de seus direitos.
Além disso, a saúde continua precária, com os serviços básicos sendo negados à população, inclusive com exames sendo marcados com prazo de mais dois anos como chegou a denunciar uma internauta da rede social facebook, que precisou de um exame ginecológico ainda em 2012 e que só agora foi liberado pelo município.
Na última semana, o deputado Judson Cabral entregou ao Procurador Geral de Justiça Sérgio Jucá um relatório de revela o caos na saúde pública de Palmeira dos Índios, em que pese a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento , a chamada UPA ter amenizado a situação.
Contudo as Unidades de Saúde, que fazem o atendimento preventivo e de casos corriqueiros continuam a desejar, sendo negligenciadas pelo poder público municipal que fecha os olhos e tapam os ouvidos quando o assunto é beneficiar o cidadão com um serviço de excelência.
Recursos
Sabe-se que o problema não é dinheiro, já que em meio às manifestações do ano passado, o prefeito James Ribeiro (PSDB) tentou criar 212 cargos em comissão, um verdadeiro “trem da alegria” para oferecer aos apaniguados e afilhados políticos, o que conseguiu no mês passado com a conveniência da Câmara de Vereadores, com raríssimas exceções.
Outro fato que irrita a classe trabalhadora se dá pela quebra de acordo realizadas anteriormente, entre a categoria e representantes do governo e que até agora não fora, cumpridas.
Tentando desmitificar o problema, o Procurador Geral Sérgio Jucá designou a doutora Micheline Tenório para acompanhar de perto o caso palmeirense. Ela estará na cidade, netsa terça-feira (20) com o intuito de ouvir as classe trabalhadoras que reivindicam melhorias, bem como os representantes do município. A promotora de justiça, especialista nesta área, também vai visitar as unidades de saúde de família do município, bem como supervisionar as farmácias que atendem ao cidadão com os remédios básicos, que segundo denúncias estão faltando nas prateleiras.
Relatório denuncia o caos
O SINDPREV fez um relatório sobre a área de saúde em Palmeira dos Índios. O relatório que tem o objetivo de revelar as reais condições das Unidades Básicas de Saúde do Município de Palmeira dos Índios e as condições a que os servidores da saúde são submetidos para realizarem suas atividades diariamente mostra um verdadeiro caos.
Segundo o SINDPREV “Todas as unidades apresentam irregularidades nos consultórios odontológicos, com seus equipamentos danificados e sem manutenção preventiva. O único procedimento realizado é a extração de dentes, isso caso consiga esterilizar o material em consultórios particulares, já que as autoclaves (equipamento que esteriliza material cirúrgico), quando tem esta inoperante. Várias unidades funcionam com móveis e outros utensílios frutos de doações de servidores ou usuários. Temos como exemplo, botijão de gás, armários, cadeiras, birôs, fogão, entre outros.
Além disso, “não se realiza manutenção preventiva e/ou reparos nas unidades, as caixas d’águas apresentam água com odor fétido, as fiações elétricas expostas, colocando usuários servidores em risco. A grande maioria das unidades apresentam infiltrações e mofo em seu interior. O MS preconiza as salas de vacina, curativo e gabinete odontológico tenham revestimento cerâmico com o objetivo de não proliferar vírus, bactérias e outros organismos”.
Os sindicalistas afirmam que “em algumas unidades encontramos micro áreas descobertas por ACS, inviabilizando assim o acesso dos usuários às unidades de saúde. Os agentes de saúde reclamam da sobrecarga de trabalho, alguns com mais de 220 famílias. A maioria dos servidores das unidades encontram-se com problemas de saúde pela sobrecarga de trabalho, alguns chegando a executar tarefas que seriam de até 04 servidores desempenhado assim várias atividades nas unidades. Alguns com problemas psicológicos que chegaram ao ponto de surtar no serviço e muitos apresentando problemas ergonômicos. As unidades não dispõem de carro, o que existe é apenas um carro que realiza uma visita uma vez por semana em cada unidade”.
Quando o programa de Saúde da Família foi criado a acerca de 15 anos, a quantidade de servidores da equipe era de 1 enfermeiro, 1 médico, 1 técnico de enfermagem, 1 dentista, 1 ACD, 1 THD. Até hoje a equipe ainda apresenta com a mesma formação, mesmo com tantos programas do Governo Federal”.
Foi constatado em todos os PSF a falta de material de limpeza como: água sanitária, sabão em pó, detergente e outros produtos, sendo que há seis meses não chega sacos de lixo para colocarem nas lixeiras. Afirmam também que desde o mês de fevereiro os PSF’s encontram-se desprovidos de medicação de uso contínuo para diabéticos, hipertensos e cardiopatas. São elas: Captopril, losartana, atenolo, sinvastantina, enalapril, metformina, ibuprofeno, glibenclamida, paracetamol líquido e comprimindo, creme vaginal e material de curativo.
O relatório do SINDPREV vai mais além e as medidas são urgentes, inclusive passível de intervenção da Justiça, caso não seja tomada as providências, por que o município, através do prefeito James Ribeiro (PSDB) não atende as necessidades básicas e obrigatórias de atendimento ao cidadão.
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