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Entrevista: Apresentador da TV Alagoas fala sobre seu programa e política
Com apenas 31 anos e um programa de TV exibido em todo Estado, o administrador de empresas e jornalista Carlos Eugênio Sampaio, o GG Sampaio, virou o “xodó” das comunidades alagoanas. No ramo há pouco tempo, mas com “comunicação na veia”, já que a emissora no qual trabalha foi fundada por seu avô, o ex-vice-governador Geraldo Sampaio, ele pegou o jeito e o gosto pelo trabalho com a população.
O que o alçou à celebridade não foi exatamente à excelência técnica, marca registrada de apresentadores de TV, mas sua tranquilidade e capacidade de cobrar dos governantes e ajudar os moradores das mais diversas cidades do Estado. Sempre presente em Palmeira dos Índios, onde tem origens familiares, Sampaio falou ao Jornal Tribuna do Sertão.
Tribuna do Sertão – Como está sendo trabalhar com a comunidade?
GG Sampaio – Muito satisfatório. Quando vou a uma bairro, comunidade, fico triste por ver situações degradantes, mas também fico muito feliz quando o caso é solucionado, e mais feliz ainda quando recebo o carinho desse povo. Nunca pensei que esse trabalho direto com a população fosse nos render tanta dedicação e empenho. Estou muito feliz.
Tribuna do Sertão – E essa relação também é importante na política?
GG – Muito. Aquele político com mandato ou até o que não tem precisa de uma boa sintonia com os moradores da sua cidade e/ou do seu estado. Não se admite que um gestor ou um parlamentar elabore seu plano de governo, seu projeto político, sem pensar na população e no que ela mais precisa. É preciso focar no bem estar de todos e não de alguns.
Tribuna do Sertão – Falando em política, você já foi candidato a deputado estadual e na última eleição foi suplente de vereador em Maceió. Vai disputar o pleito este ano?
GG – Ainda é muito cedo para responder. Já fui candidato a deputado em 2006 e vereador em 2012. Por onde passo, seja fazendo o programa ou não, tenho recebido um carinho enorme. As pessoas ficam me colocando como candidato disso ou aquilo, mas sinceramente não sei. Estou à disposição do PMDB e do senador Renan Calheiros.
Tribuna do Sertão – A candidatura seria estadual ou a federal?
GG – Como falei anteriormente não é hora para pensar na candidatura. Temos alguns meses ainda pela frente, mas se for candidato, com certeza será para melhorar a vida do povo. Inclusive meu partido (PMDB) junto com vários outros partidos está elaborando um plano para nosso Estado, que servirá para alcançarmos números positivos nos próximos anos.
Tribuna do Sertão – Nas atuais discussões o “novo” tem sido pregado por vários setores da política. Você também acha que é hora de algo diferente?
GG – Claro que a experiência é algo muito importante. Temos ainda grande nomes na política alagoana que desempenham um importante papel para sociedade, mas acho que o novo tem que ser consolidado num projeto a nível estadual. Precisamos renovar o Governo do Estado e os setores do legislativo, como a Assembleia e a Câmara Federal. As pessoas perderam a fé em setores da sociedade e principalmente nos políticos, e por isso tenho certeza que serão os novos gestores e parlamentares que farão uma Alagoas muito melhor.
Tribuna do Sertão – Durante seu programa você tem acompanhado inúmeras reclamações em Palmeira dos Índios. Como vê a atual gestão do prefeito James Ribeiro?
GG – O James parece ser um bom homem. Reforço que parece ser. Mas infelizmente não está acertando a ‘mão’ na administração. Recebo diariamente vários pedidos e críticas a prefeitura. Nosso programa tem ajudado mostrando os problemas para que eles sejam resolvidos. O prefeito precisa focar na população mais carente e não pode deixar que articulações escusas tornem sua gestão ainda mais fracassada.
Tribuna do Sertão – Você vem de uma tradicional família política de Palmeira, onde seu bisavô e seu tio avô foram prefeitos, e especulações já dão conta de uma possível candidatura sua em 2016. É verdade?
GG – Mas já? (risos)… Meu interesse é continuar ajudando os alagoanos, seja de Maceió ou de Palmeira. Claro que tenho uma admiração muito grande pela princesa do sertão, mas não tivemos nem a eleição desse ano ainda. O único desejo que tenho é de ajudar a cidade da minha família a retomar seu desenvolvimento, mas isso é um pensamento que deve ser construído coletivamente, mas só a partir de novembro.
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