Diariamente, a captação de água do reservatório de Moxotó, no povoado São José, em Delmiro Gouveia, lança novas esperanças na extensão dos 65 km concluídos do Canal do Sertão. Ativo há um ano e quatro meses, o segundo maior rio de Alagoas já beneficia 200 mil pessoas de diversas cidades em seu entorno, e vai alcançar muito mais. As obras já avançam ao longo de 123 km, que devem entrar em operação ainda este ano.
Junto ao Canal do Sertão, três grandes adutoras estão sendo construídas e vão levar água às casas de 1 milhão de habitantes. Interligadas ao Canal, o Sistema Adutor do Alto Sertão, o da Bacia Leiteira e o Macro-Sistema Adutor do Agreste irão intensificar o abastecimento de Alagoas.
Nadson Vasconcelos, estudante do 8º período do curso de Geografia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), comprovou de perto o impacto do Canal de Sertão nessa terça-feira (29). “A gente escuta muito falar da obra, mas não tem a noção de como ela realmente interage com a população desse lugar. Vir aqui e comprovar isso é muito importante”, disse Nadson.
O Canal interfere diretamente no objeto de estudo do Trabalho de Conclusão de Curso do estudante, a Bacia Leiteira. “Quando o Sistema Adutor da Bacia Leiteira estiver em funcionamento e integrado ao Canal, nós esperamos muitas mudanças. Já é evidente a influência positiva da obra àquela região”, afirmou Nadson. A integração da adutora da Bacia Leiteira ao Canal vai melhorar o abastecimento de água a mais de 239 mil habitantes distribuídos ao longo de 19 centros urbanos e 235 povoados.
O estudante teve a oportunidade de conhecer mais sobre a obra junto à terceira Caravana Vamos Ver de Perto, que levou 200 pessoas ao Canal, entre estudantes e professores de seis instituições de ensino do estado e funcionários públicos, nessa terça-feira (29). Eles assistiram à palestra de um técnico da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e puderam tirar dúvidas sobre os projetos que envolvem o Canal.
O secretário de Estado da Articulação Social, Claudionor Araújo, declarou à caravana que a obra é a redenção do Sertão. “Aqui, água é ouro. Quem conhece a realidade do sertanejo e vê o que o Canal já está possibilitando para essas pessoas, reconhece a importância dele. A obra já está mudando muitas vidas e representará, cada vez mais, um papel influente para todos da região”, concluiu.