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Comunidade acolhedora recebe a visita de juiz da Vara de Execuções Penais

30/01/2014
Comunidade acolhedora recebe a visita de juiz da Vara de Execuções Penais

Magistrado e secretário conversaram com os acolhidos da comunidade Nova Jericó

Magistrado e secretário conversaram com os acolhidos da comunidade Nova Jericó

O juiz da Vara de Execuções Penais, José Braga Neto, visitou, nesta quarta-feira (29), o Centro de Acolhimento, em Maceió, e a comunidade acolhedora Nova Jericó, em Marechal Deodoro, a convite do secretário de Estado de Promoção da Paz, Adalberon Sá Júnior.
Na ocasião, foi discutida a possibilidade de, no futuro, as comunidades receberem reeducandos com perfil de dependência química que tenham progressão de regime. O juiz disse que ficou admirado com o trabalho realizado na comunidade e frisou que Alagoas dá exemplo ao Brasil na recuperação de dependentes químicos.
Segundo ele, “esse programa é de importância ímpar e esse é o caminho para o Brasil, para diminuição da criminalidade”. “Muitas vezes, a pessoa retorna ao sistema prisional pelo envolvimento com delitos relacionados à dependência química. Por isso, no futuro, vamos colocar assistentes sociais e psicólogos para identificar os reeducandos em progressão de regime que tenham perfil de dependência química e oferecer a eles essa possibilidade de acolhimento”, destacou o juiz.
Para o secretário Adalberon Sá Júnior, é de extrema importância a parceria com o juizado. “Nós, enquanto governo do Estado, temos oferecido acolhimento aos dependentes químicos que queiram, voluntariamente, iniciar esse processo. Por isso, o governo garante recursos por meio do Fecoep e nós credenciamos, em parceria com o Coned (Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas), 23 comunidades acolhedoras. Acreditamos que o acolhimento é uma das formas de prevenção da violência e promoção da cultura de paz no Estado”, salientou o gestor da Sepaz.
Durante a visita, o acolhido Washington Benedito da Silva disse que a comunidade e a Secretaria da Paz estão permitindo que eles dêem continuidade a suas vidas. “Tudo o que nossa família ensinou nós esquecemos. Agora, se não fosse essa oportunidade, nós estaríamos mortos”, narrou o acolhido
Na passagem pelo Centro de Acolhimento, em Maceió, o superintendente de Políticas sobre Drogas da Sepaz, Luan Gama, apresentou ao juiz o Sistema Acolhe, um software que reúne as informações de atendimento de cada acolhido e permite o acompanhamento do processo de recuperação. Já na comunidade, onde foram recebidos pelo missionário José Anderson da Silva, eles conheceram o registro biométrico utilizado para controle de vagas, todas as dependências do local e as atividades que são desenvolvidas pelos acolhidos durante o período de até seis meses de permanência na comunidade.