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Política e Mercado

09/01/2014
Política e Mercado

Já se disse que na atual época em que vivemos onde impera por quase todo planeta o monolítico pensamento único do Mercado, a hegemonia global do capital financeiro, resta aos povos a luta política como um espaço ainda não capturado de todo pelo rentismo internacional.
Porque é exatamente através da Política que se expressam os mais diversos setores da sociedade organizada, representada pelas mais distintas correntes de pensamento que apresentam seus ideários às nações na pluralidade e contradições dos segmentos que a compõem.
Pela sua via são eleitos os representantes do povo em um certo período estipulado pelas constituições cujos mandatos são aprovados ou rechaçados pelas grandes maiorias indicando a sua continuidade ou negando-se a sua recondução.
É no exercício da Política que são expostas as virtudes e mazelas das sociedades, seus avanços, insuficiências, antigos vícios ou mesmo novos fisiologismos, as conquistas históricas ou hábitos execráveis indignos à construção de uma democracia madura, ao trato da coisa pública.
É na militância da atividade Política que as mais amplas massas representativas dos interesses verdadeiramente nacionais, ou de algum segmento minoritário, expressam suas satisfações ou repúdios nas ruas, praças, escolas, no campo, nas cidades.
A democracia só pode sobreviver interligada com a Política e seu aperfeiçoamento exige bem mais consequência numa escala ascendente ao ponto em que estejam conquistados tantos níveis de avanços sociais quantos sejam necessários à libertação das camadas oprimidas das distorções econômicas, sociais, castradoras da autonomia e consciência cidadã quer seja em uma metrópole ou numa remota vila rural.
No afã de roubar o direito das sociedades, das camadas populares, o Mercado via grande mídia global associada tem encetado feroz campanha contra a Política jogando sobre ela as razões da pobreza, corrupção, dos abismos sociais, causas principais da miséria, do atraso das nações.
Omitindo as origens dessas indignidades sempre associadas ao próprio Mercado e seus prepostos dentro da Política, procurando marginalizá-la e com isso fechar o círculo autoritário. Assim, o exercício da Política junto à democracia são os únicos antídotos efetivos, reais à ditadura inclusive à ideologia totalitária do Mercado.