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Ernesto Geisel

Analisando a história do Brasil, nas últimas décadas, chegamos à conclusão de que, apesar das grandes dificuldades econômicas vividas, dos inúmeros problemas de ordem climática enfrentados, dos reflexos negativos que essas dificuldades e esses problemas tiveram sobre os fenômenos sociais e políticos, é visível o desenvolvimento do nosso País.
O progresso que alcançamos foi consequência da capacidade de trabalho, da inteligência do nosso povo e das nossas potencialidades. Mas, por dever de justiça, não podemos deixar de reconhecer que ele se deve, em muito, à visão superior de um homem que comprometeu toda a sua razão maior de viver, com as grandes aspirações da nossa Pátria.
Secretário de Estado, no Rio Grande do Norte e na Paraíba, Comandante de importantes Unidades Militares, Presidente da Petrobrás, Chefe do Gabinete Militar de dois Governos da República, Ministro do Superior Tribunal Militar, o General Ernesto Geisel coroaria sua vida pública, com o exercício da Suprema Magistratura da Nação.
Caráter retilíneo, dotado de um senso de moral e de um código de honra inflexível, os seus mais ferrenhos adversários jamais ousaram macular a sua honorabilidade.
Tenaz, sempre perseguiu, com obstinação, os rumos traçados e as metas estabelecidas.
As grandes hidrelétricas; a modernização dos meios de comunicação; a extensão, ao trabalhador rural, aos septuagenários e aos inválidos, dos benefícios da legislação social; a busca da restauração democrática, com a extinção da censura à Imprensa e dos atos de exceção, caracterizam o Governo Geisel.
Guardamos, dos nossos encontros e dos nossos diálogos, a impressão de uma pessoa profundamente humana, afetuosa e compreensiva para todos aqueles a quem dedicava estima e respeito.
Governando Alagoas, recebemos dele um apoio enorme para todos os pleitos que formulamos, em nome da nossa comunidade.
O Pólo-Cloro-Químico; a conclusão da rodovia BR-104, em terras alagoanas, beneficiando o rico vale do rio Mundaú; o início da pavimentação da estrada Palmeira dos índios – Carié, velho sonho do nosso sertão; os projetos de integração agrícola; o dique de proteção à cidade de Maceió, contra as enchentes, são atestados de sua sensibilidade às nossas reivindicações.
Jamais me concedeu um não. Se algum êxito encontrei em meu primeiro mandato à frente do Executivo Alagoano, devo ao seu auxilio.
O nosso relacionamento não foi o formal, que geralmente existe entre o Presidente da República e o Governador de um Estado.
Não adianta uma queima rápida de etapas, se não tivermos o cuidado de delimitar os espaços em que o fogo pode ser salutar.
Não se podia, é claro, delongar indefinidamente o momento da volta à plenitude democrática.
Para falar sobre este inesquecível homem público cuja memória o Brasil cultuará, num ato de justiça e, eu, particularmente, registrei, de forma indelével, entre as mais gratas lembranças, utilizei, muito mais, a linguagem do coração, aquela linguagem mais das vezes esquecida, porém, a única a constituir o ponto básico da comunicação, que atinge o seu clímax quando se
permeia a linha misteriosa e sublime da amizade.
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