Geral
Professores, alunos e técnicos do Ifal Arapiraca fazem manifestação
25/07/2012
CARLOS ALBERTO JR.
Editor de Conteúdo
Os professores, técnicos e alunos do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) realizaram uma manifestação na Praça Luiz Pereira, no Centro de Arapiraca, na manhã desta quarta-feira (25), com a finalidade de conscientizar a população local sobre a greve da categoria, que acontece em nível nacional.
De acordo com o professor de Física, José Leandro de Albuquerque Gomes, uma das lideranças do movimento local, a greve em Arapiraca não é trada como extensão das férias escolares. Elaboramos uma agenda de atividades que incluiu também um debate com a participação de aproximadamente 160 estudantes, como forma de explicar os motivos que levaram à paralisação das atividades, explicou.
A pauta de reivindicações envolve 15 pontos, segundo o professor. No entanto, os mesmos podem ser resumidos em três eixos, a questão salarial, a progressão na carreira dos professores e a infraestrutura dos campi. No caso de Arapiraca a situação é um pouco mais complexa porque a unidade ainda não possui um campus; as aulas são ministradas na Escola Municipal Hugo Lima, desde 2008, quando os cursos de Eletrotécnica e informática foram iniciadas na cidade.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasef), preparou um documento onde explica que a proposta apresentada pelo governo praticamente impede o crescimento e desenvolvimento da carreira dos professores. Em nenhum momento foi apresentada proposta para os técnicos administrativos em educação, diz o sindicato.
O governo disse que só começará a discutir a questão dos técnicos após a conclusão das negociações com os professores. O Brasil criou os institutos [federais] sem campus e os cursos existentes em Arapiraca não possuem estrutura, já que são improvisados em salas de aulas convencionais, explicou o professor.
O documento apresenta, ainda, que nenhuma palavra foi dita pelo Governo Federal sobre a melhoria das condições de trabalho nem sobre a necessidade de equipamentos e materiais para os cursos oferecidos pelos novos institutos, revela o Sinasef.
A estudante do 2º ano de Informática, Iêda de Fátima Barbosa, concorda com a greve. Eles estão brigando por melhorias para todos nós. Queremos laboratórios mais dignos e melhor infraestrutura para nossa aprendizagem. Trabalhamos com improviso e com doações. O campus de Palmeira dos Índios sempre faz doações para nós daqui de Arapiraca. Temos professores de qualidade, mas sem condições mais dignas fica complicado aprender, frisou a aluna.
O IFAL Arapiraca conta com mais de 30 professores e cerca de 450 alunos.
A PROPOSTA FEDERAL
O professor José Leandro disse que a proposta apresentada pelo Governo Federal foi de 40% de reajuste, percentual que será concedido ao longo dos próximos três anos e não será igual para todos os níveis de professores.
O reajuste maior será dado aos professores com maior titulação e tempo de serviço. Quem está entrando e não tem titulação terá aumento de apenas 16% e, além disso, não traz a reposição da inflação do período, disse.
A categoria está com assembleia nacional agenda para o dia 31 próximo. As categorias professores e técnicos – deverão se reunir nas capitais dos estados para avaliação da proposta apresentada pelo Governo Federal.
Já nesta quinta-feira (26), a partir das 14 horas, acontece pelas ruas do Centro da capital de Alagoas, a Marcha em Defesa da Educação Federal também com a finalidade de conscientizar a população sobre a greve que envolve professores e técnicos do Ifal e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A concentração será na Praça Visconde de Sinimbu.
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