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Campanha contra a febre aftosa é lançada em Alagoas

31/05/2012

Em uma solenidade que reuniu representantes do setor agropecuário alagoano nas esferas públicas e privada, foi realizada nesta quinta-feira (31), no Parque da Pecuária, em Maceió, a abertura oficial da primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Alagoas no ano de 2012. O evento, que foi coordenado pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), contou com a vacinação simbólica de animais.

A primeira etapa de vacinação, que excepcionalmente será realizada durante todo o mês de junho por conta do inquérito soroepidemiológico, tem como meta imunizar cerca de 1,2 milhão de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. Na última campanha, realizada em novembro do ano passado, foram vacinados mais de 96,4% de todo o rebanho do Estado.

“Queremos repetir, no mínimo, os índices alcançados nas campanhas anteriores realizadas em Alagoas. Não podemos baixar. A expectativa é positiva. O criador tem a consciência plena de que tem que participar do processo. Com a união e parceria de todos – setor produtivo, governo do Estado e Ministério da Agricultura – Alagoas vai conquistar a reclassificação”, declarou o presidente da Adeal, Manoel Tenório, lembrando que a determinação do Ministério da Agricultura – em proibir a distribuição gratuita de vacinas para pequenos criadores – será mantida.

“Passamos pela auditoria do Ministério da Agricultura, que foi realizada em março passado, e em seguida tivemos a sorologia autorizada para verificar a circulação, ou não do vírus da aftosa no Estado. Estamos a um passo de sair do risco médio da aftosa para zona livre com vacinação ainda este ano. Não podemos cruzar os braços”, reforçou Tenório.

O secretário adjunto de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Junior, que na solenidade de abertura da campanha representou o governador Teotonio Vilela Filho, destacou a importância do papel do criador alagoano no processo de luta contra a aftosa.

“O produtor está vacinando. A reclassificação é importante para a economia de Alagoas. A pecuária é o segundo mais importante segmento do Estado logo após a cana-de-açúcar. Temos um rebanho de genética de qualidade. Alagoas está se preparando para a chegada da reclassificação atendendo as exigências do Ministério da Agricultura. Junto com o criador, que não deixa de vacinar seus rebanhos, estamos fazendo o dever de casa. Tenho certeza que será mais uma etapa da campanha de vacinação contra aftosa coberta de êxito”, afirmou o secretário de Estado.

O presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva, representou o setor produtivo do Estado e destacou o trabalho da Adeal no combate à Aftosa. “O produtor precisa continuar mobilizado para que Alagoas avance ainda mais na luta contra aftosa. A gente acompanha as ações da Adeal e trabalhamos para que elas continuem acontecendo. Não podemos deixar de agradecer aos funcionários da Adeal. Afinal, sem eles, não conseguiríamos estas conquistas no combate a aftosa no Estado”.

O agropecuarista Álvaro Vasconcelos destacou a esperança do setor no sucesso da campanha e na mudança do status sanitário da febre aftosa em Alagoas. “O setor aposta nesta mudança de status. Acredito que estamos no caminho certo. A Adeal está cumprindo as exigências do Ministério da Agricultura e tem obtido índices expressivos de vacinação nas últimas etapas da campanha”, destacou.

Mudança

A primeira etapa da campanha da vacinação contra a febre aftosa em Alagoas, que estava prevista para maio, foi transferida para o período de 1º a 30 de junho por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O adiamento da primeira etapa da campanha também foi determinado para os Estados do Ceará; Maranhão; Pernambuco; Piauí e parte do Pará.

A mudança foi provocada pelo inquérito soroepidemiológico que está sendo realizado em Alagoas nos meses de maio a agosto. O levantamento vai verificar a circulação ou não do vírus da aftosa no Estado, por intermédio da coleta de sangue nos animais.

No geral, o Mapa estipulou como meta para Alagoas o exame em, aproximadamente, 1.800 animais com idade que varia de seis a 24 meses. As propriedades rurais que participam do inquérito epidemiológico foram escolhidas por sorteio realizado pelo próprio Ministério da Agricultura. Foram escolhidas 82 fazendas espalhadas em 78 municípios. As amostras recolhidas serão encaminhadas para laboratórios previamente credenciados e selecionados pelo Ministério da Agricultura.