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Técnicos discutem projeto de inclusão produtiva em Palmeira dos Índios

19/04/2012

        Representantes de instituições públicas municipais e estaduais se reuniram para discutir projeto direcionado à inserção de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis no município de Palmeira dos Índios, de forma a garantir a inclusão produtiva e social da categoria.

A iniciativa é da Secretaria de Indústria, Comércio, Turismo e Desenvolvimento Econômico (Sedepi) do município, sob a articulação da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande).

 proposta do plano de desenvolvimento direcionado à coleta seletiva tem como primeira ação o fortalecimento da categoria através de capacitações voltadas para a formação dos catadores. O Projeto Cataforte fornece aulas dinâmicas e humanizadas, com duração de seis meses, que têm objetivos relacionados à autovalorização e à importância da execução desse trabalho para a sociedade.

Segundo a técnica em resíduos sólidos e educadora do Cataforte, Margarete Kerne, o período de duração do curso, que já foi aplicado em 17 estados, permite aos cooperados, associados e autônomos o conhecimento de diversos assuntos acerca da atividade que desempenham.

“Nosso trabalho é voltado, principalmente, para a educação e formação dos catadores, de forma que se reconheçam como cidadãos e que entendam seu papel na sociedade. Durante o projeto, eles terão acesso aos temas relacionados à economia solidária, legislação trabalhista, educação popular, saúde, plano de logística, comercialização de materiais, entre outros”, ressaltou Margarete.

Configurado em edital e financiado pela Fundação Banco do Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (MTE/Senaes) – em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), o projeto será lançado no próximo dia 3 de maio.

“A ação é estratégica para a formalização do trabalho, para o aperfeiçoamento das etapas de reciclagem e para a conscientização das finalidades sociais e econômicas da atividade”, destacou a gerente de Associativismo e Cooperativismo da Seplande, Conceição Peixoto.

Para o secretário Antonio Oliveira, titular da Sedepi, “o plano de ação será desenvolvido em parceria com diversos órgãos públicos focados na redução da pobreza e na melhoria da qualidade de vida dessa categoria, através de medidas educativas que serão eficientes a médio e longo prazo”.

A professora e doutora em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Paula Stroh, orientou a definição de cada ação e frisou a importância de sistematizar todas as informações e os aspectos socioeconômicos sobre o objeto a ser estudado, para então delimitar novas ações. “o início da solução é o conhecimento do problema”, lembrou.