A Coreia do Sul adiou parte de seus exercícios militares anuais com os Estados Unidos para setembro, com o objetivo de reduzir as tensões com a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), informou o Ministério da Unificação sul-coreano.

Coreia do Sul e EUA realizariam os exercícios conjuntos de defesa entre os dias 18 e 28 de agosto, em um treinamento que incluiria ameaças realistas baseadas na análise de conflitos militares recentes ao redor do mundo. No entanto, das 40 operações previstas para o período, cerca de 20 serão adiadas para setembro, segundo a agência Yonhap.

"O objetivo é reduzir a tensão e garantir a paz. Essa é a meta do ministério da Unificação, do governo de Lee Jae-myung e de toda a República da Coreia. Esperamos que os exercícios também contribuam para a desescalada na Península Coreana", afirmou um representante do ministério.

Pyongyang tem criticado repetidamente os exercícios conjuntos entre Seul e Washington, classificando-os como ensaios de invasão ao Norte.

Em declaração feita em 28 de julho, a vice-diretora do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, Kim Yo-jong, afirmou que em breve o mundo testemunharia "exercícios militares conjuntos em grande escala e de caráter agressivo" junto à fronteira sul da RPDC.

Segundo ela, como de costume, os EUA e a Coreia do Sul tentariam culpar o país pelo agravamento da situação "que eles próprios criaram".

Em resposta, o novo ministro da Unificação da Coreia do Sul, Jeong Don-young, disse que sugeriria ao presidente Lee Jae-myung ajustes nos exercícios conjuntos com os EUA. Jeong afirmou que a Coreia do Norte poderia interpretar essas manobras como um tipo de "teste" para o novo governo sul-coreano, que busca restabelecer relações com Pyongyang.

No comunicado divulgado nesta quinta-feira, o governo sul-coreano enfatizou que os exercícios previstos são de "natureza puramente defensiva".