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China acusa países ocidentais de hipocrisia após críticas sobre Taiwan

Porta-voz chinês reage a manifestações de Japão, Austrália e Europa, e reforça posição sobre soberania da ilha

Sputnik Brasil 31/12/2025
China acusa países ocidentais de hipocrisia após críticas sobre Taiwan
Porta-voz chinês critica países ocidentais após exercícios militares próximos a Taiwan. - Foto: © Sputnik / Anna Ratkoglo

A China elevou o tom das críticas contra Japão, Austrália e instituições europeias após manifestações de preocupação sobre os exercícios militares chineses próximos a Taiwan. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que essas nações ignoram ações independentistas na ilha e fazem "comentários irresponsáveis" sobre assuntos internos chineses.

Segundo o Global Times, Lin declarou em coletiva de imprensa que Pequim apresentou protestos formais e rejeita "firmemente" as críticas internacionais. Ele acusou os governos estrangeiros de distorcerem os fatos ao condenarem as manobras militares do Exército de Libertação Popular (ELP) em torno de Taiwan, classificando as reações como "pura hipocrisia".

O porta-voz destacou que essas nações desconsideram a interferência de forças externas e as ações de grupos pró-independência em Taiwan, e reiterou que a ilha é parte "inalienável" do território chinês. Lin enfatizou que a questão deve ser tratada exclusivamente pela China, sem espaço para interferência internacional, e que qualquer posicionamento externo viola princípios básicos das relações diplomáticas.

Lin Jian também afirmou que o status quo no estreito de Taiwan se baseia no entendimento de que ambos os lados pertencem a uma única China. Ele responsabilizou movimentos independentistas e o apoio estrangeiro por ameaçarem a paz e a estabilidade regional.

O diplomata ressaltou que o princípio de Uma Só China é amplamente reconhecido pela comunidade internacional e serve de base para as relações de Pequim com 183 países. Segundo ele, esse compromisso deve ser respeitado por todos que mantêm laços diplomáticos com o país.

Ao final, Lin instou Japão, Austrália e países europeus a cumprirem seus compromissos políticos e a cessarem qualquer forma de interferência. "Instamos veementemente [...] a pararem de tolerar ou apoiar atividades independentistas pela 'independência de Taiwan'", declarou.