O Conselho de Administração da Casas Bahia aprovou, nesta terça-feira (30), um aumento de capital social de R$ 1,032 bilhão, logo após concluir a reestruturação de sua dívida. A decisão, respaldada pelo artigo 166 da Lei das S.A., ocorre dentro do limite autorizado pelo estatuto social da companhia, dispensando alterações estatutárias, conforme comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Do valor total, R$ 10.318.925,88 serão destinados diretamente à conta de capital social, enquanto o restante será alocado na reserva de capital. O aumento resulta da emissão de 278.138.164 novas ações ordinárias, nominativas e escriturais, provenientes da conversão de debêntures da 3ª série da 11ª emissão.

Com a operação, o capital social da Casas Bahia passa de R$ 7.098.241.572,51, dividido em 653.878.398 ações, para R$ 7.108.560.498,39, agora distribuído em 932.016.562 ações ordinárias. A conversão das debêntures para ações seguiu as condições previstas na Escritura de Emissão e reforça a estratégia financeira da companhia.

Na segunda-feira, o Grupo Casas Bahia anunciou a conclusão da reestruturação de sua estrutura de capital, iniciada em 2023, que reduzirá o endividamento em R$ 3 bilhões. A companhia também prevê economia de R$ 4,7 bilhões em despesas financeiras entre 2026 e 2030. O último passo do processo foi a emissão de uma nova debênture, a 11ª, no valor de R$ 2,4 bilhões, anunciada na terça-feira.

A conversão das debêntures integra o "Instrumento Particular de Escritura da 11ª Emissão de Debêntures", que contempla até quatro séries com diferentes características, incluindo garantias reais e opções conversíveis em ações. A medida visa fortalecer a estrutura financeira da Casas Bahia, ampliando a flexibilidade para futuras operações e investimentos.