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Trama provocadora ambientada nos anos 80, “Zero Grau” chega ao Centro Cultural Justiça Federal, no Centro do Rio

Escrita por Beatriz Napolitani, peça mergulha na identidade feminina e nas contradições éticas da sociedade em curtíssima temporada

Carlos Pinho 31/12/2025
Trama provocadora ambientada nos anos 80, “Zero Grau” chega ao Centro Cultural Justiça Federal, no Centro do Rio

Uma peça teatral que investiga o limite entre realidade e ficção, identidade e ética, em plena década de 1980. Escrita por Beatriz Napolitani, “Zero Grau” chega ao Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no Centro do Rio, em curta temporada de 09 de janeiro a 08 de fevereiro, com sessões de sexta a domingo, às 19h. 

O espetáculo, que já passou com sucesso pelo Cine Joia, o Teatro Cândido Mendes e a Casa de Cultura Laura Alvim, é o retorno aos palcos da dramaturga carioca com mais de 20 peças escritas. Além de assinar o texto, ela divide a direção com Lourenço Marques e o palco com Andrea Cals, Alex Gomes, Michele Capri e Carlos Rosário.

Na trama, Amanda é jovem, rica e perdida. Filha de uma família abastada e corrupta, vive sob a pressão de ser feliz e bem-sucedida – mas sem saber ao certo quem é ou o que quer da vida. Em meio a um tratamento psicanalítico, Amanda se depara com a mais dura das escolhas, ser ou não ser. E é nesse limiar que sua vida começa a ser construída. Usando de metalinguagem a peça faz um paralelo com HEDDA GABLER de Ibsen, onde nossa atriz principal vive na ficção o que planejava na sua própria vida.

ZERO GRAU é um mergulho na complexidade da construção da identidade feminina e nas contradições éticas da sociedade. A história mistura humor ácido, drama existencial e metalinguagem, ao acompanhar Amanda em sua trajetória de angústia e autoconhecimento.

Ambientada nos anos 80, a montagem aposta num cenário minimalista com diálogo com a linguagem cinematográfica: projeções audiovisuais e objetos de época – vitrola, secretária eletrônica, telefones antigos – reforçam o clima de uma década anterior à internet, onde a comunicação exigia presença, tempo e esforço.

- O espetáculo propõe uma reflexão profunda e provocadora: O que é ser? O quanto somos produto da sociedade, da família e das relações de poder? Existe mesmo algo genuíno e autêntico em nós? ZERO GRAU é um convite ao pensamento, à dúvida e ao desconforto. Um jogo entre o ser e o parecer. Entre o individual e o social. Entre o desejo e a ética – explica Beatriz Napolitani.

FICHA TÉCNICA:

Texto: Beatriz Napolitani

Elenco: Beatriz Napolitani, Andrea Cals, Alex Gomes, Michele Capri e Carlos Rosário

Stand-in: Júlio Castro, Anna Gama ,Teka Ferreira e Marcelo Guerra

Direção: Beatriz Napolitani e Lourenço Marques

Assistente de Direção: Andrea Cals

Vídeos e Projeções: Pedro Murad

Cenografia e Figurino: Beatriz Napolitani

Trilha Sonora: Eduardo Lopes

Design: Angela Meurer

Produção: Beatriz Napolitani

Assistente de Produção: Paula Goja

Assessoria de imprensa: Carlos Pinho

 

SERVIÇO:

Temporada: 09 de janeiro a 08 de fevereiro   

Dias e horário: sexta a domingo, às 19h

Local: Centro Cultural Justiça Federal - Av. Rio Branco, 241 - Centro, Rio de Janeiro - RJ

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), vendas no site https://www.sympla.com.br/evento/zero-grau/3254598  

Classificação: 14 anos

Duração: 80 minutos

Rede social: https://www.instagram.com/zerograuteatro/