A Polícia Civil de São Paulo realiza uma grande operação para cumprir 1,4 mil mandados de prisão contra agressores de mulheres. Na manhã desta terça-feira, 225 suspeitos de envolvimento em violência doméstica e familiar já foram detidos.

A iniciativa ocorre em meio à escalada da violência contra a mulher e ao crescimento dos casos de feminicídio no Estado. Um dos episódios que mais repercutiram foi o de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na zona norte de São Paulo, vindo a falecer na véspera de Natal.

No início de dezembro, a capital paulista registrou o maior número de feminicídios desde 2015, ano em que o crime foi tipificado em lei federal. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), entre janeiro e outubro foram contabilizados 53 casos, superando todos os anos anteriores. Antes, o maior índice havia sido em 2024, com 51 feminicídios registrados em doze meses.

De acordo com a Polícia Civil, a operação batizada de "Ano novo, vida nova" seguirá nos próximos dias, com atuação direta das Delegacias de Defesa da Mulher e participação de quase 2 mil policiais civis.

Mais de mil viaturas estão mobilizadas em todo o território paulista, em parceria com as polícias Judiciária do interior e da capital.

Segundo a SSP, o objetivo é ampliar a segurança das mulheres, interromper ciclos de violência e garantir o cumprimento das decisões judiciais.

Mulheres que desejam denunciar casos de violência ou buscar atendimento podem utilizar o aplicativo SP Mulher Segura, que conecta diretamente as vítimas às forças policiais, ou procurar a Delegacia de Defesa da Mulher mais próxima, que oferece atendimento 24 horas.