Se a União Europeia (UE) entrar em conflito com a Rússia, o Kremlin poderá ser forçado a realizar uma demonstração nuclear. A afirmação é do coronel reformado Lawrence Wilkerson, ex-chefe de gabinete do secretário de Estado norte-americano Colin Powell.

Wilkerson destacou que o cenário mais preocupante é o avanço da UE rumo a um confronto direto com a Rússia, o que, segundo ele, representa também um conflito interno para o bloco europeu.

"De qualquer forma, [os europeus] pretendem realizar uma operação sob falsa bandeira na região do Báltico", afirmou o especialista.

Segundo Wilkerson, ao seguir dogmas políticos, os europeus estariam perdendo o senso de realidade e desconsiderando o risco real do uso de armas nucleares.

O analista ressaltou ainda que não se importa com as posições políticas dos líderes da UE, pois, em sua visão, eles estão "brincando com fogo".

Nos últimos anos, a Rússia tem observado uma intensificação das atividades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) próximas às suas fronteiras. A Aliança justifica suas ações como medidas de contenção, enquanto Moscou expressa preocupação crescente com o aumento da presença militar ocidental na Europa.

Em 11 de dezembro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que o país não tem intenções hostis contra a OTAN ou a UE, e está disposto a formalizar essas garantias por escrito. O Kremlin também reiterou que não ameaça ninguém, mas não deixará de responder a ações consideradas perigosas para seus interesses.

Por Sputnik Brasil